Promover o desenvolvimento econômico sustentável e a melhoria da qualidade de vida faz parte da missão da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, conheça alguns projetos apoiados pela fundação que ajudam na preservação ambiental. 

Uma das ações da Fapesc é o Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas de Santa Catarina. Um edital de chamada pública de quase R$ 7 milhões financiou quatro propostas. No Sul do Estado o projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense (ProFor Águas) é liderado pela Unesc. A iniciativa envolve os rios Araranguá/Mampituba, Urussanga, Tubarão e Complexo Lagunar e busca o aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, a capacitação, a educação ambiental, a formação e a governança da água, incluindo as subterrâneas. 

“Ao longo destes primeiros seis meses, a gente percebe uma retomada do processo de gestão na perspectiva do aperfeiçoamento das políticas públicas na gestão da água. Recebemos nestes seis meses a nova equipe, a Unesc enquanto entidade executiva, que compreende essa região, a região sul de Santa Catarina”, informou o coordenador da proposta, Carlyle Bezerra de Menezes.  

O Programa Centelha visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. Dentro dos projetos contemplados, diversos estão focados na sustentabilidade. “Foi dentro de casa, olhando para os meus próprios resíduos orgânicos, que eu me dei conta do tamanho do problema. A Reatto nasceu justamente como uma solução integrada para resolver, para otimizar os processos de tratamento desse resíduo”, contou Luciene Garcia Cunha.

De acordo com a empresária, a solução da empresa reduz em 75% o volume do resíduo orgânico na fonte geradora, o que possibilita uma coleta facilitada e um tratamento mais otimizado no pátio de compostagem. “O equipamento é totalmente automatizado e conectado a um sistema na nuvem, gerando dados utilizados na gestão própria quanto para gerar políticas públicas e para gerar créditos de carbono”.  

A startup Alga&nzyme, de Lages, também foi contemplada no Centelha 2. “O projeto vai usar microalgas para o tratamento de efluentes, principalmente para processos terciários, como uma forma de polimento em efluentes que são ricos em nitrogênio e fósforo. Após o tratamento deste efluente, vamos aproveitar a biomassa para a produção de enzimas, principalmente a enzima lipase que tem uma grande aplicação no mercado”, explicou Thais Agda Rodrigues. “Com isso, estamos em busca de um futuro verde e mais sustentável”. 

Créditos de carbono 

O Programa Nascer busca transformar ideias inovadoras de negócio em realidade. A temática do meio ambiente não poderia ficar de fora entre os projetos contemplados. A Carbono Free, incubada no Centro Tecnológico de Concórdia, é uma das empresas focadas no tema.  

“A nossa startup tem uma pegada ambiental. Estamos criando um sistema de controle e monitoramento da emissão de gases estufa. Nós vamos ter uma calculadora para calcular tudo que a pessoa emite. A partir disso é feito um inventário, e a pessoa que nos contratou para isso vai receber os dados e nós vamos fazer a intermediação do crédito de carbono. Tem pessoas que têm crédito de carbono para vender e outras que precisam comprar. Vamos fazer esta ponte com projetos ambientais. Para que as pessoas possam neutralizar as emissões dos gases de efeito estufa”, explicou a empresária Josefa Kieling.

Confira, nas redes sociais da Fapesc, vídeos sobre os cases relatados nesta reportagem. 

Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC
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