O atual status de Florianópolis como a capital mais empreendedora e mais inovadora foi destacado por vários participantes do Fórum Nacional do CONFAP, entre eles o ministro interino de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alvaro Prata, e a secretária de Desenvolvimento Sustentável, Lucia Dellagnello. O superintendente geral da CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras), Carlos Schneider, ressaltou que o início desse reconhecimento foi há 30 anos, resultando na criação da incubadora empresarial e do parque tecnológico. “Nós temos aqui um mecanismo para entusiasmar pesquisadores, estudantes em todas as áreas a usarem suas pesquisas para propor soluções que possam ser produtos para o mercado”, afirma Schneider.
Também foi assinada uma carta de intenções entre o CONFAP e a União Europeia, em que a UE se compromete a fornecer aos pesquisadores brasileiros todas as informações sobre os programas de bolsas em curso na Europa. O objetivo é que a FAPs possam transmitir essas informações e facilitar o acesso dos pesquisadores aos programas, e que elas possam encontrar maneiras de financiar os pesquisadores que se candidatam. “Trata-se apenas de coordenar os mecanismos financeiros do lado brasileiro. Tal como o Fundo Newton e o CONFAP conseguiram encontrar esse mecanismo, que é um rápido e funciona muito bem, nós queríamos encontrar um caminho similar”, diz a embaixadora da Delegação da UE no Brasil, Ana Paula Zacarias (na foto com Gargioni). Um acordo entre o CONFAP e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) também foi assinado.
CONSECTI
Outro assunto tratado na manhã do primeiro dia de fórum, dessa vez por Saumíneo Nascimento, presidente do CONSECTI (Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação) foi a possibilidade de representação na EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). Ele aproveitou a presença do ministro, que faz parte do Conselho Administrativo da entidade, para solicitar assento e participação efetiva para o CONSECTI e o CONFAP. “Nossas representações no CGEE, na FINEP e no CNPQ são importantes, mas essa não é apenas uma representação dos estados, e sim do setor produtivo de todo o nosso país. Os governos, o setor produtivo e o terceiro setor são fundamentais para que o nosso país atinja os patamares que necessita e merece na ciência e na tecnologia”, alega.
A EMBRAPII foi constituída em maio de 2013 e possui atuação regionalizada e relevante junto aos ministérios que trabalham com desenvolvimento, comércio exterior e educação, podendo também trabalhar junto ao setor empresarial, industrial, de comércio e serviços. Em sua palestra, Alvaro Prata falou da EMBRAPII e de programas do MCTI, como TECNOVA, Inovacred e SIBRATEC, além das Plataformas do Conhecimento. Na abertura do fórum, ainda, foi entregue o Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense, promovido pela anfitriã FAPESC.