O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Alvaro Prata, lançou nesta quarta-feira (9) o Guia de Extensão Tecnológica das Redes do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec). O documento é uma referência para a criação e operacionalização das Redes Sibratec e vai atender desde os gestores dos órgãos públicos e das próprias redes às agências de fomento, instituições participantes e técnicos extensionistas. A publicação reúne normas do programa e casos de sucesso de diversas redes estaduais do Sibratec.
“O crescimento das nossas redes faz esse papel tão importante na promoção do desenvolvimento tecnológico e qualificação das nossas empresas. Nessa relação que surge entre as demandas da empresa e a rede que a atende, o benefício mais específico advindo da solução do problema é sempre o ganho mais importante. Adicionalmente, o que estamos fazendo quando atendemos bem a empresa é criando essa prática de disseminar as soluções tecnológicas e isso faz com que as empresas possam se perceber como agentes que oferecem produtos para o mercado, mas, sobretudo, soluções tecnológicas. Esse é o primeiro passo para que a empresa se torne inovadora, comece a pensar o seu negócio de forma diferente. A rede contribui para que a empresa se enxergue como provedora de tecnologia impactando o mercado”, avaliou o secretário.
Casos de sucesso
Durante o lançamento, empresários apresentaram as soluções geradas pelo Sibratec que fizeram seus negócios prosperarem. A empresa de alimentos naturais de Martinho Lutero dos Santos, de Salvador (BA), chegou a falir até que ele descobriu o Sibratec. Hoje, a empresa deixou de ser local e passou a comercializar os seus produtos para toda a região Nordeste. Em pouco mais de quatro anos, o faturamento foi triplicado. De acordo com o empresário, uma grande rede de supermercados tem interesse em nacionalizar o negócio.
“Se não fosse o Sibratec a gente não existiria mais. Eu estava falido”, disse.
O apoio do Sibratec também permitiu que a empresa Fanem, de São Paulo (SP), especializada no desenvolvimento de aparelhos eletro-médicos, desenvolvesse um berço aquecido neonatal. Na época, além da orientação técnica, a empresa recebeu o aporte de cerca de R$ 20 mil como subsídio. “De 2011 para cá vendemos mais de 2,9 mil desses equipamentos só para exportação, gerando arrecadação de impostos de renda da ordem de R$ 500 mil, ou seja, todo o investimento que o programa faz como subsídio é retornável naturalmente como arrecadação”, afirmou o gerente de Inovação e Desenvolvimento da empresa, Ílio de Nardi Júnior.
“A extensão tecnológica contribuiu diretamente para o sucesso do nosso portfólio. Antes do Sibratec nossa oferta de produtos era bem menor. Hoje, exportamos para mais de 100 países, estamos em 32 países na África e somos a primeira empresa brasileira na área da saúde a instalar uma fábrica no exterior, na Índia, como multinacional”, completou.
Baixe o guia aqui.
Fonte: MCTIC