Resultado de uma pesquisa que envolveu pesquisadores do Brasil e da Inglaterra, a Estufa Hidropônica Living Lab foi inaugurada no Centro de Atendimento Socioeducativo de São José (CASE), na terça-feira, 28 de fevereiro. Além de ser um espaço de ressocialização para os jovens, espera-se que a horta gere recursos e se torne sustentável. 

A estufa hidropônica é uma iniciativa do Centro de Desenvolvimento Sustentável (Greens) da Unisul, que lidera o Projeto Bridge: ‘construindo resiliência numa economia global dinâmica, complexidade no nexo entre alimentos-água e energia no Brasil’. O projeto recebe fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Fundo Newton e Research Councils United Kingdom (RCUK) e reúne as universidades de Cambridge e Unisul.

“No Geens da UniSul nós temos um lema que é ‘A Pesquisa transforma vidas’. Após esse projeto eu tive a sensação de que cumprimos a missão social da universidade. Juntamos projeto de pesquisa, educação e ao mesmo tempo o foco na ressocialização. A grande inspiração é deixar o mundo um pouco melhor. Instalar uma estufa hidropônica dentro de um Case realmente é a melhor forma de entregarmos o projeto à comunidade”, relata o professor José Baltazar Salgueirinho Guerra, líder do projeto

Fábio Wagner Pinto, presidente da Fapesc, frisou a importância da pesquisa e da inovação com resultado. “É uma bela iniciativa. Quando se fala em pesquisa e inovação, muitas vezes pensamos em coisas complicadas. É uma ação simples, mas com um efeito muito grande. A grande arte do professor Baltazar e do projeto é transformar a ciência e a inovação em realidade que afeta diretamente a comunidade”. 

A Estufa Hidropônica irá produzir diversos tipos de leguminosas e verduras, com uma média de produção de 2.500 unidades por mês. De acordo com o professor Baltazar Guerra, o projeto funciona como uma sala de aula a céu aberto e, além de servir de campo de estudos, pretende atender à comunidade do Centro de Acolhimento Socioeducativo e, no futuro pretende-se comercializar algumas verduras para a própria sustentabilidade financeira da estufa.

A vice-governadora Marilisa Boehm avaliou a iniciativa como um grande avanço. “É muito importante que o projeto seja reproduzido em todo o Estado. Além dos jovens estarem trabalhando, estão fazendo uma higiene mental. Vão se alimentar e ainda alimentar escolas, creches e hospitais. É uma ação que pode ser reproduzida também em escolas, penitenciárias e até unidades de saúde”, comentou.  

O secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativo (SAP), Neuri Mantelli destacou a importância de receber esse projeto piloto dentro de uma unidade de atendimento voltada para ressocialização de adolescentes. “O Governo Jorginho Mello valoriza as pessoas. Possuímos um projeto em nossa secretaria chamado ‘Trabalhando pela Liberdade’ e pretendemos colocar em todas as unidades prisionais e socioeducativas diversas empresas e oficinas para que os internos possam laborar e ter um futuro melhor”. 

Com informações da  assessoria de imprensa da Secretaria De Estado Da Administração Prisional E Socioeducativa