Das oito startups catarinenses selecionadas pelo Movimento 100 Open Startups como as mais promissoras do país, sete são de Florianópolis. A única exceção é o Instituto Gatti, de Videira, que atua na área de biotecnologia. Para ajudar a quebrar essa concentração, a Rede Catarinense de Inovação (Recepeti) pretende aplicar um modelo de seleções regionais semelhante ao realizado na Capital para escolher os participantes da Open Innovation Week.
A ideia é fazer um levantamento das startups mais promissoras de Santa Catarina nas regiões que irão receber os 13 centros de inovação que estão sendo construídos pelo governo do Estado. A proposta da Recepeti é realizar esse novo projeto no segundo semestre deste ano, com uma seleção final em Florianópolis.
— Queremos institucionalizá-lo em Santa Catarina dentro da Agenda Estadual de Inovação, colocarmos isso no calendário. Porque aí já teremos selecionadas startups para investidores quando vierem eventos nacionais como esses — explica Rui Luiz Gonçalves, presidente da Recepeti.
Para comparação, o evento realizado pelo Movimento 100 Open Startups seleciona as 100 empresas iniciantes mais atrativas para as grandes companhias que atuam no Brasil. O modelo aplicado seria o mesmo, mas com enfoque estadual na seleção de startups.
Além de ajudar as novas empresas a encontrarem clientes e parceiros comerciais entre as companhias mais antigas, a iniciativa já ajudaria a preparar os empreendedores desses negócios a apresentarem seus produtos e inovações em eventos de maior reconhecimento nacional.
— Onde tem boas ideias e bons negócios, vem o capital — diz Gonçalves.
Capital da inovação
Com uma história de mais de 30 anos de incentivo ao desenvolvimento de empresas de tecnologia, Florianópolis já reúne o que os envolvidos no setor chamam de ¿ecossistema da inovação.¿ A cidade tem duas incubadoras tecnológicas, o Sapiens Parque, um universidade federal e uma estadual, além de uma série de programas que ajudam empreendedores iniciantes a concretizarem suas ideias.
Isso não quer dizer, no entanto, que esse movimento do surgimento de startups não aconteça em outros locais. Há exemplos de várias cidades, como a Atar, de Timbó, e a Hiper, de Brusque, apenas para citar alguns casos.
A proposta da Rede Catarinense de Inovação é que a série de eventos nos municípios — Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, Rio do Sul, São Bento do Sul e Tubarão — incentive também o surgimento de novas startups, criando um ciclo positivo de empreendedorismo com foco em inovação também em outras regiões de Santa Catarina.
Fonte: Diário Catarinense