Observatório foi desenvolvido em Criciúma com apoio do edital do PPSUS (Fotos: Arquivo do projeto)
O “Observatório das condições de saúde da mulher, da criança e materno-infantil”, desenvolvido em Criciúma com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), é o quarto case da série “Por Dentro da Fapesc”. O projeto, que municia profissionais de saúde e gestores públicos com dados e informações relacionados à saúde das mulheres e crianças do Sul catarinense, colabora na tomada de decisões em diversos municípios daquela região.
O projeto foi selecionado pelo edital do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). Ele é um programa desenvolvido em todo o Brasil, como objetivo promover o desenvolvimento científico e tecnológico, atendendo às peculiaridades e necessidades de saúde de cada estado. Em Santa Catarina, o PPSUS é desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Secretaria de Estado da Saúde.
A líder da pesquisa e professora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Ariete Inês Minetto, explica que a ideia do Observatório nasceu a partir do Programa de Atenção Materno-Infantil e Familiar (Pamif), desenvolvido pela Unesc em locais como os Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Clubes de Mães e Unidades Básicas de Saúde (UBS). O foco do Pamif é apoiar famílias, prevenir a ruptura de laços, garantir acesso a direitos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das mulheres participantes. “Foi nesse contexto de fortalecimento e apoio comunitário que surgiu a ideia do Observatório. A partir do monitoramento, buscamos desenvolver estratégias de prevenção, promoção e educação em saúde, além de trabalhar a saúde de forma ampla e integrada. Também focamos na educação permanente dos profissionais de saúde e das equipes envolvidas, para garantir uma abordagem atualizada e eficiente”, afirma Ariete.
O Observatório tem caráter contínuo e sendo assim, vai continuar monitorando e acompanhando os dados sobre a saúde da criança, da mulher e a saúde materno-infantil, especialmente através da análise de dados epidemiológicos. Além disso, a equipe do projeto realiza encontros semanais com mulheres, crianças e gestantes, para compartilhar informações, orientações e coletar dados importantes para o acompanhamento da saúde na região.
Informações para a gestão pública
A professora explica que a interação do Observatório com as prefeituras do Sul catarinense se deu por meio do fornecimento de dados e informações a respeito da saúde da mulher e da criança e da saúde materno-infantil. O Observatório foi responsável pela elaboração de notas técnicas para projetos de avaliação de saúde dos municípios de Criciúma, Forquilhinha e Urussanga e em Içara, colaborou na formulação de políticas municipais de saúde.
A líder do projeto afirma que a Fapesc teve um papel fundamental no desenvolvimento do Observatório e que o apoio financeiro e técnico dado pela fundação possibilitou a realização dos estudos e implementação das iniciativas, incluindo a criação de um espaço físico equipado para a produção de conhecimento científico e inovação em áreas estratégicas da saúde no Sul do estado.
“A contribuição da Fapesc foi essencial para colaborar com a melhoria da qualidade de vida, especialmente de mulheres e famílias vulneráveis em Criciúma e região. O incentivo da fundação também facilitou a articulação entre a universidade e os municípios, promovendo a integração da pesquisa aplicada e a transferência dos dados coletados para as equipes de saúde e gestão do município”, ressalta Ariete.
Confira o depoimento da professora Ariete Inês Minetto no Instagram da Fapesc.
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc)
Milena Nandi / milena.nandi@fapesc.sc.gov.br
Telefone: (49) 98878-7828