Uma pesquisa realizada pela ACATE (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia) com 19 empresas que participaram do Programa Juro Zero mostrou que elas tiveram um aumento médio de 38% no faturamento, e o número de empregos cresceu em 20%. A pesquisa recebeu apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) e foi realizada ao longo de um ano.
Ao todo, 37 empresas catarinenses participaram do Programa Juro Zero, operado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) em parceria com a ACATE. O número de projetos aprovados foi o maior entre os estados brasileiros que participaram, o que conferiu à ACATE o status de parceiro com melhor desempenho no programa. O PJZ foi realizado entre 2006 e 2011, a fim de incentivar a pesquisa e a inovação de processos, produtos ou serviços, em micro e pequenas empresas, viabilizando o acesso a financiamentos de longo prazo com juro real igual a zero. O total investido no estado foi de aproximadamente R$ 19 milhões.
Segundo informações da ACATE, houve impacto na evolução das empresas em vários aspectos, como aumento nas contratações de pessoal, evolução com novas parcerias, aumento significativo nos pedidos de patentes e registro de software, lançamentos de novos produtos no mercado. As equipes de colaboradores das empresas cresceram em média 20%, e os empregos foram gerados em função do programa. Apenas seis empresas não souberam informar o número de empregos gerados devido ao PJZ.
A pesquisa também mostrou que a média de faturamento das 20 empresas de software contempladas foi de 38,4%, enquanto o maior crescimento das empresas brasileiras do mesmo setor chegou a 16,6%, entre 2007 e 2008.
Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Software (2014)
Para Daniel Leipnitz, diretor financeiro da ACATE, o programa possibilitou às empresas executarem seus projetos inovadores e impulsionou a cultura da inovação, demonstrando que as empresas beneficiadas cresceram e amadureceram a ponto internacionalizar de seus produtos e serviços. O estudo mostrou que 68% das empresas aumentaram a participação no mercado, e 28% delas passaram a exportar depois do auxílio recebido pela FINEP.
“O programa ainda ajudou a intensificar a participação das empresas em outros programas de financiamento de projetos de inovação junto aos agentes de fomento, oportunidade de melhorar os processos produtivos e operacionais por meio de aquisição de ativos mais modernos; ocasionando maior competitividade e oportunidades para as empresas beneficiadas”, diz Leipnitz. Ele acredita que seja importante continuar acompanhando os resultados do Programa Juro Zero a longo prazo, a fim de mostrar à FINEP os resultados efetivamente alcançados e possibilitar novos programas de incentivo à inovação.
Por: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC