Com cortes no orçamento público nos anos, a concorrência por financiamentos para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) têm aumentado conforme os recursos vão se tornando escassos. Quem está de olho nos editais das agencias federal e estaduais de amparo à ciência e tecnologia deve aproveitar as oportunidades de capacitações para montar projetos capazes de captar essas verbas.
A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) acaba de abrir as inscrições para a décima edição do curso Elaboração de Projetos para Captação de Recursos em CT&I. A turma, que está restrita a 30 vagas, participará de aulas que únem a teoria à prática. As aulas ocorrerão de 25 a 28 de outubro em Brasília. Podem participar micro e pequenos empresários, analistas, pesquisadores e gestores de políticas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I).
O investimento é R$ 600 para associados da ABIPTI e R$ 900 para o público geral. O curso de elaboração de projetos já capacitou 300 pessoas e vem sendo procurado por instituições. Recentemente a Marinha do Brasil contratou a instituição para aplicar a metodologia a oito servidores civis e 22 militares das nove instituições de ciência e tecnologia (ICTs) vinculadas à força.
Segundo o consultor da ABIPTI e instrutor do curso, Félix Silva, submeter um projeto consistente e que atenda a todos os requisitos da chamada pública é um atalho acessar os recursos. “Muita gente usa uma colcha de retalhos, copia a informação e aquilo fica muito evidente na hora de elaborar um projeto. As agências hoje estão muito mais criteriosas na hora da avaliação das propostas, não só no mérito, mas também no formato”, afirma o consultor.
Os alunos, de acordo com Silva, receberão instruções valiosas sobre os conceitos, métodos e técnicas para a elaboração e gestão de projetos direcionados para as agências de fomento e instituições de apoio financeiro à CT&I, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Nas aulas a atenção é voltada para a leitura dos editais, além de exercícios de construção de projetos. Os alunos interagem entre si, facilitando a captação do conteúdo. O objetivo é passar aos estudantes a compreensão do que está por trás dos requisitos da chamada pública. “Nós destrinchamos o edital para que o objeto proposto seja entendido. Além de identificar que tipo de projetos estariam mais aderentes à chamada”, explica Silva. “O não cumprimento dos prazos, a falta de documentos necessários que devem ser anexados ao projeto, como também ausência de certidões negativas, a inelegibilidade de membro do consórcio executor, entre outros, são questões que, muitas vezes, podem tornar a proposta inválida.”
Outro fator que compromete a aprovação é a falta de indicadores. O instrutor do curso ressalta que dados como esses são vitais para mensurar a capacidade de o projeto contribuir para modificar o problema encontrado. “É importante ter um alinhamento lógico em toda essa cadeia, onde fique claro que aqueles objetivos específicos contemplem tais atividades. As instituições de fomento priorizam muito os indicadores. Quanto mais números, mais consistente é o projeto”, analisa.
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Dificuldades na elaboração
As principais dificuldades na hora de desenvolver o projeto variam desde a pouca leitura de um edital até a falta de lógica na hora de estruturar uma proposta. Outro fator que compromete a aprovação é a falta de indicadores. O instrutor do curso ressalta que dados como esses são vitais para mensurar a capacidade de o projeto contribuir para modificar o problema encontrado. “É importante ter um alinhamento lógico em toda essa cadeia, onde fique claro que aqueles objetivos específicos contemplem tais atividades. As instituições de fomento priorizam muito os indicadores. Quanto mais números, mais consistente é o projeto”, analisa.
Fonte: Felipe Linhares, da Agência Gestão CT&I