Impressora 3D resultante do TECNOVA preenche lacuna no mercado nacional

O Brasil tem poucas máquinas nacionais para manufatura aditiva, conhecida como impressão 3D e considerada a nova revolução industrial da era digital. Daí decorre o pioneirismo de uma empresa catarinense que produziu o LaserFunde, uma impressora 3D de metais e polímeros pelo método SLM/SLS ( Selective laser sintering/melting ). O protótipo foi projetado e fabricado com o apoio de instituições como FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) e FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos).
Entre outros benefícios, o aparelho permite a redução do desperdício de energia e de materiais, pois o uso de materiais na manufatura aditiva pode chegar a 97%.  Assim, diminui a quantidade de sucata decorrente da fabricação. E possibilita um aumento no grau de customização de máquinas fornecidas, além da redução no tempo de produção. “Um equipamento como este está apto a atender um público variado, pois abre a possibilidade de produção de próteses e implantes dentários, todos personalizados de acordo com antropometria do paciente”, diz José Maria Mascheroni, da Alkimat Tecnologia Ltda.

Para a indústria aeroespacial, há aplicações na produção de pás e palhetas utilizadas em turbinas a gás que exigem um constante desenvolvimento de melhoria, tanto para ganhar resistência, como para reduzir peso.
Devido ao fato da máquina ser 100% brasileira, existe assistência técnica local e maior proximidade com o cliente. “Pode-se reduzir prazos de entrega por ser um produto nacional, o que também é uma vantagem, pois o produto chegará ao mercado com um preço inferior ao da concorrência”, pondera o empreendedor, que foi contemplado no programa TECNOVA, operado em SC pela FAPESC, em parceria com a agência federal de inovação, FINEP. Outros colaboradores são o SENAI e a UFSC.
IMPACTO ECONÔMICO
A indústria da manufatura aditiva apresentou um faturamento aproximado de 5 bilhões de dólares em 2015. Sua perspectiva é atingir valores da ordem de 100 bilhões de dólares por ano até 2020 (fonte:  Shaping our national competency in additive manufacturing,  UK Technology)
Este tipo de manufatura é um processo de fabricação automatizado de objetos tridimensionais a partir de um modelo 3D digital, que se caracteriza pela adição de material e posterior fusão seletiva atraves de energia Laser, em camadas sucessivas.
Nos últimos anos, a manufatura aditiva vem oferecendo alternativas para a fabricação, em pequenos lotes, de peças com geometrias complexas. A tecnologia têm o potencial necessário para mudar o paradigma da fabricação. Há oportunidades para sua aplicação em setores-chave como o aeroespacial, dispositivos médicos e implantes, geração de energia, automotivo, além das indústrias criativas.
Fonte: Heloisa Dallanhol – Coordenadoria de Comunicação da FAPESC

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