Representantes da Fapesc, SCTI e da Rede Catarinense de Centros de Inovação participaram de debates em Chapecó (Fotos: Milena Nandi/Fapesc e Assessoria Unochapecó)
Os desafios e as perspectivas da Ciência, Tecnologia e Inovação em Santa Catarina foram abordados por representantes do Governo do Estado nesta quinta-feira, 23, em Chapecó. Durante a programação do 9º Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Fiepe) da Associação Catarinense de Fundações Educacionais (Acafe), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação (SCTI) e Rede Catarinense de Centros de Inovação estiveram reunidos para dialogar, apresentar dados atuais do ecossistema de CTI e ouvir professores, pesquisadores e gestores das universidades.
A diretora de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Valeska Tratsk, fez provocações aos professores, pesquisadores e gestores presentes, convidando para refletir sobre o seu fazer profissional, sobre como cada um pode contribuir de forma diferenciada com o ecossistema, sobre inovação e sobre diplomacia científica. Ela ressaltou também a relação que a Fapesc tem com as instituições de ensino, pesquisa e inovação e o quanto o trabalho desenvolvido está interligado.
“Diplomacia científica é o que estamos fazendo hoje. Se não tiver diplomacia não conseguimos construir políticas públicas para o futuro do cidadão para Santa Catarina. Se eu tenho diplomacia científica, vou em busca da cooperação técnica, que traz projetos e recursos. Diplomacia científica e cooperação técnica precisam caminhar juntas nas instituições. E a Fapesc entra nisso escutando todos e buscando o melhor em conexões, apoio e fomento”, afirma.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, enfatizou as perspectivas positivas para Santa Catarina quando o assunto é ecossistema de CTI. Segundo ele, Santa Catarina reúne em torno de 19 mil empresas do setor de Tecnologia que empregam em torno de 90 mil pessoas, que geram uma massa salarial em torno de R$ 4 bilhões e faturam juntas, em torno R$ 20 bilhões. No estado, o setor representa 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um número acima da média nacional, que é de 2,5%.
“A Ciência, a Tecnologia e a Inovação que geram desenvolvimento para o estado correspondem a 6,5% do PIB, que é três vezes mais do que a importância dessa mesma temática em nível nacional. O nosso estado é um território fértil para o fomento da CTI como pilar de desenvolvimento econômico. Junta-se isso a uma estratégia de governo organizada, pensada e debatida com a sociedade, a academia e o setor produtivo, temos perspectivas são realmente muito positivas para os próximos anos nessa área”, afirma Fett.
Já o Head de Inovação da SCTI, Felipe Mandawalli, falou sobre a Rede Catarinense de Centros de Inovação. Segundo ele, Santa Catarina é o único território na América Latina coberto por uma rede de centros de inovação. “Existem no Brasil estados que sequer tem um centro de inovação. Aqui, temos o privilégio de ter uma visão de Estado de construir uma rede. E a Rede Catarinense quer se consolidar como das principais estratégias de desenvolvimento econômico do estado. As micro, pequenas e médias empresas que estão nos centros de inovação faturam cerca de R$ 1,2 bilhões. Isso mostra que os centros de inovação cumprem realmente o seu papel da inovação chegar ao mercado”, comenta.
O Fiepe iniciou nesta quarta-feira, 22, e segue com atividades até esta sexta-feira, 24. A programação do evento sediado em 2024 pela Universidade Comunitária de Chapecó (Unochapecó), conta com palestras, oficinas, apresentação de trabalhos e o Acafe Challenge, um evento imersivo para estudantes do Sistema Acafe desenvolverem soluções tecnológicas para a área da Educação.
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc)
Milena Nandi / milena.nandi@fapesc.sc.gov.br
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