
Na passagem pela Univille, o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, conheceu as equipes, os laboratórios e os projetos desenvolvidos nas frentes de monitoramento, controle e educação voltadas ao enfrentamento das arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. (Foto: Gizely Campos)
Em um momento em que a ciência aplicada se torna fundamental para responder aos desafios sanitários que impactam a população, a Universidade da Região de Joinville (Univille) está desenvolvendo ações voltadas ao monitoramento do vetor e ao enfrentamento de doenças como dengue, zika e chikungunya. Essas iniciativas são fomentadas pelo edital nº 37/2024 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc) – Pesquisa para Monitoramento e Desenvolvimento de Tecnologias de Controle do Aedes aegypti e a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento de Doenças Veiculadas ao Vetor em Santa Catarina, por meio do qual a instituição captou cerca de R$ 3,5 milhões.
Nesta quarta-feira, 3, o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, esteve na Univille para conhecer de perto as estruturas e frentes de trabalho, acompanhando demonstrações nos laboratórios e dialogando com as equipes responsáveis pelos estudos. Entre os projetos apresentados estão a análise da tendência temporal e da distribuição espacial da dengue em Joinville; a investigação de larvicida biodegradável produzido por nanotecnologia; a avaliação da eficácia da esterilização química de mosquitos machos do Aedes aegypti pela Técnica do Inseto Estéril (TIE); e ações contínuas de educação sanitária para a comunidade.



“É gratificante ver o trabalho dos pesquisadores, a diversidade de iniciativas em empreendedorismo e em novas linhas de pesquisa dentro do campus. Investimentos como esse são essenciais para o desenvolvimento da ciência, da inovação e para gerar benefícios diretos para a população — um dos pilares do governo do Estado de Santa Catarina, sob a liderança do governador Jorginho Mello”, frisa Fábio.
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Paulo Henrique Condeixa de França, ressaltou o caráter complementar das iniciativas.
“A Univille foi contemplada no edital de combate às arboviroses com quatro linhas de trabalho distintas. Temos um estudo focado em dados epidemiológicos, buscando compreender a geoespacialização da dengue na cidade de 2020 a 2025, envolvendo estatística e previsão de surtos. Outra equipe investiga larvicidas biodegradáveis; uma terceira trabalha com condições para a esterilização química dos mosquitos machos, visando gerar descendências estéreis; e um quarto projeto atua na educação ambiental. São frentes complementares que ampliam nossa contribuição para o controle da doença”, explica.
Larvicida desenvolvido com fomento da Fapesc recebe premiação de inovação


Um larvicida criado pela equipe da Nório Nanotecnologia foi o vencedor do 1º Prêmio InovACIJ, na categoria Produto (segmento Pequeno Porte). A cerimônia de premiação ocorreu no dia 1º de dezembro, em Joinville.
O produto premiado se destaca pela formulação sustentável, pela alta eficácia e pelo potencial de aplicação no controle do maruim, inseto que causa incômodo à população e prejuízos a atividades produtivas em diversas regiões de Santa Catarina.
O desenvolvimento do larvicida contou com apoio da Fapesc, por meio do Edital nº 35/2024 – Controle Sustentável da Superpopulação do Mosquito Maruim. A Nório também integra iniciativas do edital de combate às arboviroses.
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc)
Gizely Campos / gizely.campos@fapesc.sc.gov.br
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