FAPESC faz balanço dos 7 anos do programa PAPPE

 
Para assumir responsabilidade ainda maior no uso dos recursos públicos, escassos no Brasil, a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) fez um estudo detalhado de um programa de subvenção operado até o ano passado, o PAPPE (Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas). O prazo de execução expirou em 2015, com todas as inovações complementadas e devidamente documentadas. Em 2016 a FAPESC enviou relatórios à FINEP, agência do governo federal que cofinanciou o programa, e recebeu não só aprovação, mas também reconhecimento pela qualidade dos dados.
“Os resultados têm sido amplamente divulgados pela mídia, em trabalho muito bem produzido pelo departamento de Jornalismo Científico da FAPESC. Está sendo feita também divulgação dirigida a setores do governo estadual vinculados a CTI e no ambiente acadêmico-científico voltado a inovações”, diz o Prof. Dr. Gilberto Montibeller Filho, coordenador técnico-científico da FAPESC e coordenador do PAPPE durante sua vigência.
Nos 7 anos do programa foram lançados 2 editais,  em 2008 e 2012.   O andamento dos trabalhos foi acompanhado por meio de 4 workshop com os empresários, alguns no início de cada edital – para seleção final dos projetos a contratar – e outros,  para avaliação de conclusões. Todos foram realizados no auditório da FAPESC e tiveram representantes da FINEP e do SEBRAE/SC (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

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Sistema Remoto Ótico para o Controle e Classificação de Placas Cerâmicas, da empresa Sicurezza, uma das apoiadas no edital.

“O resultado de 116 projetos submetidos ao edital mostrou-se bastante expressivo. Com o volume de recursos disponíveis de R$ 12 milhões, sendo os limites de R$ 100 mil a R$250 mil por proposta. As manifestações recebidas em retorno têm atestado o reconhecimento dos bons resultados obtidos pela FAPESC, com a aplicação dos recursos públicos estaduais e federais no apoio à P&D,” atesta o economista Montibeller.
Entre outras ações, ele coordenou o último workshop PAPPE, em 2015, quando 17 empresas mostraram protótipos, serviços ou processos inovadores gerados com auxílio do programa. Um exemplo é o equipamento que minimiza riscos na perigosa operação de detectar vazamentos de gases tóxicos como o metano, criado pela  InnovaSens, que desenvolveu um protótipo portátil e de manuseio mais fácil em relação aos similares no mercado nacional, segundo Eduardo Antonini, diretor de operações da empresa localizada em Florianópolis.

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Muito antes, em 2010, outro workshop havia revelado um novo processo de soldagem que a empresa IMC Engenharia de Soldagem, Instrumentação e Automação implementou na Embraco, “com possibilidade de substituir equipamentos de soldagem deles, inclusive no exterior”, diz Raul Gohr Jr., coordenador técnico do projeto.
Em outra vertente, a Vitroplanta Biotecnologia Vegetal estudou como produzir sementes de alho livres de vírus. Além de melhorar a qualidade do alho e, por conseqüência, dar maior segurança alimentar aos consumidores, a pesquisa contribui para aumentar a produtividade do cultivo e a renda do agricultor que adotar a nova técnica. “Com o mesmo custo, você pode ter até 60% a mais”, explica Osmar A. Crestani, da Vitroplanta, instalada em Videira.
Breve histórico
Lançado em 2004, o programa promoveu a pesquisa e o desenvolvimento nas empresas catarinenses, favorecendo sua aproximação com instituições de pesquisa, de modo a gerar e implantar inovações com alto valor agregado pelo conhecimento científico e tecnológico. Vários colaboradores da FAPESC estiveram envolvidos no PAPPE, entre eles Deborah Bernett, Gerson Fausto Bortuluzzi  e Jesiel de Marco Gomes.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC
 

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