O auditório da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) sediou na quinta-feira (20) o 3º seminário Mata Ciliar, promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica Tijucas e Biguaçu. O evento aberto à comunidade iniciou por volta das 14h, e contou com a presença de representantes de órgãos ambientais. O maior enfoque era a preservação de um elemento precioso da natureza, a água. O evento teve apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) por meio do PROEVENTOS.
William Wollinger, assessor de imprensa do comitê, afirma que as pessoas devem pensar naquela vida que ainda não veio ao mundo, porque a água pertence aos nossos filhos e netos, devemos deixar um legado as futuras gerações.
Visando reforçar um pacto firmado no ano de 2011, o seminário teve como finalidade uma causa importante: recuperar a mata ciliar. O comitê sabe que esse é um processo difícil e gradativo, mas vem trabalhando forte, apresentando propostas e soluções. O objetivo é reconstituir toda a vegetação das margens do Rio Tijucas e de seus afluentes.
Nas eleições municipais de 2016, Adalto Gomes, presidente do comitê, foi eleito vice-prefeito de Tijucas. Ele comenta como pretende utilizar sua força política para ajudar a equacionar o problema. “Eu acredito que a minha presença como vice-prefeito da cidade a partir de 1º de janeiro vai auxiliar na implantação do pacto. Manteremos contato com todas as cidades, todos os vereadores, prefeitos e vices, das bacias que nós administramos, para que assim possamos devolver esse pacto da mata ciliar também nesses territórios”.
O investimento
Durante a tarde, após a apresentação da mesa diretora foram realizadas seis palestras. Entre os palestrantes estava Alexandre Uhlmann, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele relata que o custo para recuperar a mata ciliar é alto, porém, existem meios de tornar o procedimento viável. “Nós temos experimentos em que o processo gira em torno de R$ 35 mil por hectare, entretanto, nós conseguimos baratear esse valor com algumas técnicas, do modo em que custe de R$ 1 mil a R$ 5 mil.”
A direção do comitê ressalta que para alcançar o propósito final será preciso unir forças, visto que de nada vai adiantar as autoridades fazerem sua parte se os cidadãos não se prontificarem a colaborar.
“Todo mundo espera algo de alguém e se você se acha capaz de produzir uma muda frutífera em casa, prossiga! Vá até a beira do rio e a plante”, disse o vice-presidente do comitê, Edison Baierle.
De acordo com o presidente Adalto Gomes, nos últimos cinco anos o comitê buscou parceiros e avançou bastante no projeto. “Muitas árvores foram plantadas pelo comitê, com o apoio de diversas prefeituras e entidades que fazem parte do projeto, ao longo das margens do rio”.
Para os que estão engajados na campanha chegou o momento de todos fazerem a diferença, a comunidade regional unida em prol dessa causa, pode sim, dar vida longa ao Rio Tijucas.
Fonte: Matheus Lopes de Medeiros – Jornal Razão
Foto: Lorran François Barentin