Conferência Internacional discutiu a gestão do esporte na Pedra Branca

Foram nove meses de preparação na Unisul para que o esporte fosse discutido na sua dimensão empresarial, um déficit brasileiro até mesmo no multibilionário futebol. A segunda edição da Conferência Internacional de Gestão do Esporte e a sétima edição da Conferência Brasileira ocorreram simultaneamente nos dias 27 e 28 de outubro na Unisul Pedra Branca com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc). Palestrantes de todas as Américas e da Europa debateram diferentes aspectos da gestão estimulados pelo inovador curso de Educação Física da Unisul, um dos únicos do Brasil com este foco.
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A Associação Brasileira de Gestão do Esporte (ABRAGESP) foi a grande parceira da Unisul na realização do evento. “Um obrigada especial ao professor Luiz Haas, presidente da ABRAGESP, pela parceria em todos os momentos nas decisões, pela busca pelo melhor para coletividade de forma sempre ética. Ao meu amigo Rafael, por mais uma vez acreditar nos sonhos comigo, pela amizade e parceria incansável do professor Kiyoshi, exemplo de comprometimento, apoio e ensinamentos”, disse a coordenadora do curso de Educação Física, Maria Leticia Knorr, referindo-se ao coordenador da Pós-graduação em Gestão do Esporte da Unisul, professor Rafael Andreis, e ao fundador da graduação em Educação Física, João Kiyoshi Otuki.
A expectativa foi grande do público e da imprensa pela palestra do técnico campeão olímpico com o futebol do Brasil nos Jogos do Rio, Rogério Micale. Em sua intervenção ele falou sobre o que ele acredita ser o melhor caminho para o futuro do futebol brasileiro. Ao questionar os participantes sobre o que eles esperavam da Seleção Brasileira ele ouviu inúmeras respostas. “Olha só como nós somos exigentes. Nós queremos um futebol bonito, competitivo, mais organizado dentro e fora de campo. Nós queremos representatividade porque a seleção é exatamente isso. Então é um peso, e aí vamos entrar na metodologia. Porque é isso que eu vou falar, ou seja, reconhecendo tudo isso que vocês me falaram aqui nós temos que criar um conceito de jogo que nos represente”, introduziu Micale.
Ao adentrar na metodologia, ele destacou a necessidade de se respeitar algumas características e conceitos identificados por sua equipe. “O Brasil tem talentos? Sim, tem muitos talentos. E aí nós avaliarmos o nosso futebol oficial. O Neymar joga no Barcelona, o Douglas Costa joga no Bayern de Munique, o Jesus está indo para o City. Nós tínhamos o William que joga para no Chelsea e nós temos muita gente, ou seja, talento nós temos. Nós partimos do princípio que precisamos organizar esse talento e organizar bem. Identificar qual a melhor forma de jogar, de trazer nosso país para as nossas raízes e otimizar tudo isso para a que a gente se torne competitivo e ganhe. Então a gente tem que fazer a avaliação desse cenário todo, inclusive com a base para adotar a mesma linha de trabalho. Partindo desse princípio, eu vou para o comportamento individual”, discorreu o técnico.
Além das demandas levantadas pelo público, o campeão olímpico destacou o principal para o torcedor brasileiro. “Um jogo bonito, competitivo, um jogo organizacional, e o pior, que ganhe. Que ganhe! Tem que ganhar! Aliás, quando vocês dizem que tem que ganhar, não basta ser a medalha de prata. Não serve. Não ia servir para absolutamente nada. A medalha de prata e o último lugar representam a mesma coisa para a gente”, ironizou.
Fechamento do evento
A coordenadora do curso de Educação Física, Maria Leticia Knorr, lembrou que Micale foi aluno do curso entre 2005 e 07 e parabenizou toda a equipe de staff do evento. “A gente concluiu cada parte do evento com cuidado, comprometimento e foi um sucesso. Trouxemos palestrantes renomados de diversos partes do país e do mundo. Do Chile, EUA, Portugal e de todo o Brasil”, disse. A professora afirmou que esse é um dos grandes diferenciais do curso de Educação Física, o seu objetivo de trazer a ciência e o mercado para a Universidade.
Outra palestra oferecida aos participantes do evento abordou as estratégias de comunicação da Guga Kuerten Company. O diretor comercial, Luciano Faustino, falou da gestão da imagem do tenista. “Penso que é muito importante a gente poder mostrar um pouco do que a gente faz, nesta questão da gestão de imagem de um atleta que é o nível do Guga, para um evento importante para o esporte brasileiro, são iniciativas muito importantes que fazem a diferença no desenvolvimento e no aprimoramento profissional do esporte no Brasil”, comentou.
O professor português, Thiago Santos, da Universidade de Lisboa, traçou um panorama geral sobre o que é a gestão das mídias sociais no contexto futebol e, principalmente, no panorama Europeu. “A nossa apresentação girou em torno disso, qual o papel que a mídia social hoje tem para os campos de futebol e como isso impacta na gestão do clube, na possibilidade de alguns consequentes, por exemplo, pode ser o impacto do envolvimento, no engajamento na compra dos produtos, no falar bem em público. Em linhas gerais foi essa temática e fiquei muito feliz pela oportunidade e poder compartilhar essa ideia”, disse.
Texto e fotos: Alex Bondan – Unisul Hoje

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