Comitiva catarinense retorna ao Brasil com expectativas de novo momento na internacionalização acadêmica

Com as agendas cheias de anotações, fotos registrando cada espaço com novidades, novos contatos nos celulares e em cartões de visitas trocados, a comitiva catarinense que viajou ao Japão e a Singapura ao longo dos últimos 15 dias voltou a Santa Catarina neste sábado (26/11) com muito trabalho pela frente e, principalmente, excelentes perspectivas para o futuro. Foram mais de 60 horas a bordo em deslocamento em carro, avião, ônibus e até trem bala, passando por nove cidades, em busca de resultados para a educação superior e, logo, para o desenvolvimento catarinense.

Liderado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), o grupo visitou universidades, embaixadas e espaços de inovação nos países com a proposta de conhecer as prioridades no que diz respeito à pesquisa científica, ao desenvolvimento socioeconômico à e inovação.

O resultado dos contatos feitos, das informações trocadas e conhecimentos adquiridos, para o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, já são visíveis na integração entre as lideranças acadêmicas catarinenses, nas discussões geradas, nas ideias que surgiram e, a médio e longo prazo, nas parcerias firmadas. “Pudemos ver de perto aquilo que até então era entrave para as parcerias internacionais e estudar as formas para viabilizar novas possibilidades de intercâmbio de conhecimento. Fomos recebidos com entusiasmo e em muitas das instituições pelas quais passamos já deixamos as sementes plantadas para o cultivo breve. Vamos chegar nos nossos espaços de atuação com muito trabalho a ser feito a partir dos contatos realizados na Ásia. Temos a convicção que o futuro dessas relações será muito próspero”, pontua, confiante nas parcerias a serem firmadas por meio da Fapesc com as instituições.

Com as conversas, apresentações e a própria vivência nos países asiáticos que representam grandes potências no universo da ciência, da tecnologia e da inovação, conforme Fábio, as lideranças universitárias perceberam o foco do investimento público e acadêmico em algumas áreas do conhecimento, corroborando com o trabalho que já é feito em Santa Catarina. “Além de muito aprendizado e inspiração, trouxemos na bagagem a certeza de que estamos no caminho certo. Vimos espaços e projetos que no Japão e em Singapura são muito reconhecidos e dos quais temos similares ou até melhores, ou seja, precisamos mostrá-los mais ao mundo, focar esses resultados em prática e seguir com as nossas defesas de que é por meio da educação e do empreendedorismo que conseguiremos alcançar resultados melhores para Santa Catarina e para o Brasil”, destaca ainda, acrescentando a gratidão pela confiança de reitores e pró-reitores das 20 instituições catarinenses que toparam o desafio e se dedicaram ao intercâmbio cultural e científico nesses dias.

No grupo de lideranças das IES Católica SC, Furb, IFC, Ifsc, UniSatc, UniSenai, Udesc, UFFS, UFSC, UNC, Unesc, Unibave, Unidavi, Unifebe, Uniplac, Univali, Univille, Unochapecó e Unoesc. Para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, que nesta semana assume a presidência da Acafe, os dias dedicados à imersão dos gestores para ampliar horizontes valeram a pena. “Ampliamos nossos horizontes sobre ciência, sobre tecnologia, inovação, acolhimento, resolutividade e tantos outros assuntos e, sobretudo, trocamos experiências e vivências entre o próprio grupo. Isso já tem um significado muito grande e possibilitará, inclusive, que sigamos ainda mais unidos em nome da educação”, pontua.

Em cada instituição visitada pela comitiva foi possível realizar a troca de contatos pessoais, a apresentação de pesquisas e projetos que coadunam com o trabalho feito pelos anfitriões e o alinhamento de colaborações internacionais. Entre as possibilidades de projetos conjuntos está a realização de intercâmbios de acadêmicos, desde a graduação até o pós-doutorado, com atuação por semanas ou meses, cursos com encontros virtuais periódicos e um seminário final de forma presencial, entre inúmeras outras possibilidades de parcerias internacionais.

Nas visitas o presidente da Fapesc, em nome do grupo, fez a entrega de uma lembrança de Florianópolis, representando a colonização açoriana, um pendrive contendo informações e vídeos sobre cada uma das IES participantes, um livro editado especialmente para a Missão Internacional com informações das instituições integrantes, além da primeira edição da Revista Fapesc, material que integra as ações de internacionalização da Fundação. Fábio aproveitou a oportunidade para anunciar ainda o lançamento da edição do material em inglês e da segunda revista a ser distribuída em dezembro de 2022. “O material reúne informações de extrema relevância de todo o ecossistema de CTI e, por isso, é mais uma forma de demonstrarmos não só em Santa Catarina, mas em todo o mundo, aquilo que é feito no Sul do Brasil por cada uma dessas instituições e seus pesquisadores”, acrescenta.

No site da Fapesc (https://fapesc.sc.gov.br/projeto_internacional/) já está disponível uma página na qual constam informações sobre a Missão. O espaço será alimentado ainda com um relatório completo sobre cada uma das visitas e reuniões realizadas, assim como próximos contatos feitos e parcerias viabilizadas por meio das visitas. O espaço será um documento histórico sobre os frutos da Missão Internacional Japão Singapura 2022.

Texto e fotos: Mayara Cardoso/Acafe

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