Alesc e governo estadual garantem continuidade do Reviver

A terceira etapa do Programa Rede Estadual de Atenção a Dependentes Químicos (Reviver) foi lançada terça-feira (29), em cerimônia realizada no Auditório Antonieta de Barros do Palácio Barriga Verde. A iniciativa é resultado de uma parceria da Comissão de Prevenção e de Combate às Drogas da Assembleia Legislativa com o governo estadual, mas as pesquisas são realizadas na Universidade Federal de Santa Catarina.
Criado em 2014, o projeto possibilita o credenciamento de comunidades terapêuticas voltadas à recuperação de dependentes químicos junto ao governo. Em contrapartida, as entidades recebem a ajuda financeira e suporte técnico do Estado.
De acordo com o secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Geraldo Althoff, o governo estima investir cerca de R$ 10 milhões na terceira edição do Reviver. “A continuidade do programa se dá porque ele foi exitoso nos dois anos anteriores. A finalidade maior é recuperar pessoas que eventualmente estejam num caminho não adequado, estar junto com esses cidadãos fragilizados”, destacou.
Os resultados alcançados nas duas etapas do programa foram ressaltados pelo presidente da Comissão de Prevenção e Combate às Drogas, deputado Ismael dos Santos (PSD), um dos idealizadores do Reviver. “Avançamos bastante na capacitação dos profissionais que atendem os dependentes químicos. O dado mais precioso desse projeto é que tivemos 7 mil acolhimentos em 2015.”
Por meio do Reviver, o governo estadual subsidia o tratamento de dependentes químicos internados nas comunidades terapêuticas. São destinados R$ 1 mil por pessoa, no limite de 10 vagas por instituição. Na opinião do presidente do Centro de Recuperação Nova Esperança (Cerene), Marcos Mey, o programa representa auxílio às famílias dos acolhidos e uma garantia para as comunidades terapêuticas. “É um alívio no sofrimento dessas famílias que nos procuram. Muitas delas não têm condições de manter a pessoa dentro  do centro de recuperação e nós, por outro lado, temos nossos custos.” O Cerene acolhe 200 dependentes químicos nos municípios catarinenses de Palhoça, Blumenau, Ituporanga e São Bento do Sul.
Outro desafio do Programa Reviver, na avaliação de Ismael, é aumentar a permanência dos assistidos nas comunidades terapêuticas. “O tratamento dura de seis a nove meses na maioria das comunidades. Percebemos que quanto mais dias ficam os acolhidos, maior é a probabilidade de reabilitação. Hoje, 65% daqueles que permanecem durante todo o período de tratamento se recuperam”, comentou o parlamentar.
A principal novidade da terceira etapa do Reviver é a implantação do sistema biométrico de identificação dos assistidos nas comunidades terapêuticas. “Deve ter em todas a partir de julho. O sistema permitirá a comprovação da presença do assistido. Hoje, por exemplo, funciona com o CPF. É uma forma de darmos mais credibilidade e transparência em relação ao uso do recurso público”, salientou o presidente da Comissão de Prevenção e de Combate às Drogas da Alesc.
A solenidade de lançamento do Reviver 3 contou com a presença do deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), da deputada Luciane Carminatti (PT), do presidente da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), Sergio Luiz Gargioni; do presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), Ildo Rosa; e da coordenadora geral do programa, Maria de Lourdes de Souza.
Mais informações no portal do Programa Reviver www.reviver.repensul.com.br
reviver3Fonte: Ludmilla Gadotti/AGÊNCIA AL
(Com informações de Claudia Alves, da TVAL, e Marcelo Espinoza, da Agência AL)

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support