Um ano após o lançamento do SC+Energia – Programa Catarinense de Energias Limpas, quatro usinas começaram a operar e outras 18 estão em construção. Os investimentos, somente nesses empreendimentos, são superiores a R$ 400 milhões, com produção de aproximadamente 70 megawatts-hora (MWh) e devem gerar mais de cinco mil empregos.
“Santa Catarina tem muitas potencialidades naturais e vocação empreendedora. Esses novos empreendimentos vão abrir mais oportunidades de trabalho e, consequentemente, mais desenvolvimento com sustentabilidade”, afirma o governador Raimundo Colombo.
Desde que o SC+Energia foi lançado foram cadastrados mais de 70 projetos de geração de energia, o que significa investimentos superiores a R$ 12 bilhões. “Iniciarão obras ainda este ano outros 16 novos empreendimentos, entre PCHs e CGHs. Em funcionamento, essas usinas produzirão 92,38 MWh”, revela o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini.
O grupo de trabalho do SC+Energia é coordenado pela SDS e conta com representantes da Secretaria da Fazenda (SEF), Fatma, Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc), Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação (Fapesc), Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Apesc e Eletrosul.
Mais R$ 1,1 bilhão em novos projetos
A ideia é incentivar fontes renováveis de energia, no caso, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), eólica, solar e biomassa. As energias limpas causam menor impacto ambiental por não emitirem gases de carbono na atmosfera quando comparadas aos combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral.
O empresário do segmento e vice-presidente da Associação de Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc), Valter Luiz Torresani, ressalta que a ação do governo catarinense é fundamental para o crescimento do setor energético. “Confiança é a palavra-chave que define o sentimento dos empresários nesse momento. Foi uma iniciativa pioneira, mostrando que o poder público está preocupado com o setor e trabalha em conjunto. Tenho certeza que o SC+Energia vai atrair anda mais empresários que vão desenvolver seus projetos no Estado”, disse.
Em um ano, 60 receberam Avaliações Preliminares de Disponibilidade Hídrica (APDHs) e 35 outorgas foram emitidas pela SDS. A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) emitiu 99 licenças para 91 empreendimentos. Destas, 54 são Licenças Ambientais de Operação (LAOs), 21 são Licenças Ambientais de Instalação (LAIs) e 24 são Licenças Ambientais Prévias (LAPs). Quando estiverem em funcionamento, estas usinas trarão investimentos de R$ 1 bilhão com geração de 229 MWh.
“Seguimos a orientação do governador Colombo, fizemos uma força tarefa dentro da Fatma, liberando projetos que seguiam todas as regras da legislação ambiental com agilidade”, explica o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick Rates.
O crescimento global das energias renováveis
Segundo o Relatório da Situação Global das Energias Renováveis 2016, divulgado pela Renewable Energy Police Network for the 21st Century (REN21) no início de junho, os investimentos em energia eólica, solar e hidroelétrica em 2015 atingiram US$ 286 bilhões – mais do que o dobro do valor aplicado em novas usinas de carvão e gás. Pela primeira vez os países emergentes superaram os mais ricos em investimentos nessa área.
O documento aponta que Brasil se consolidou entre os 10 países que mais apostam em energias renováveis, sendo o segundo em geração de empregos e em investimentos em energia hidroelétrica, e o quarto em energia eólica.
O estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado no fim de junho, mostra que geração eólica cresceu aproximadamente 460,9%, de 2010 a 2014. Dos 14 Estados que possuem parques eólicos, Santa Catarina aparece na quinta colocação. “Temos certeza que quando estiverem em funcionamento os empreendimentos cadastrados no SC+Energia, que somam 868 MWh em energia eólica, o Estado terá ainda mais destaque”, explica o diretor de Desenvolvimento Econômico da SDS, João de Nadal.
Fonte: Adjori