Planta piloto de captura de CO2 será desenvolvida em Criciúma

A Faculdade Satc, a partir do curso de Engenharia Química e do Centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTCL), aprovou recurso de R$ 3,4 milhões junto a CGTEE/Eletrobrás. A verba será destinada para o desenvolvimento de pesquisa na área de captura de CO2, sendo aplicados na síntese de novos adsorventes voltados à captura do gás carbônico. O recurso também prevê a aquisição de outros equipamentos voltados à formação dos adsorventes e para a montagem da planta piloto para realização de testes de captura de CO2.

A planta piloto, que utiliza o processo de adsorção, será construída no Laboratório de Captura de CO2. As obras desse novo prédio, o terceiro do complexo do Parque Tecnológico da Satc, começam no primeiro semestre de 2015. Ele ficará ao lado do Laboratório de Combustíveis Sólidos, que está em fase de acabamento. O primeiro prédio do Parque, onde funciona a estrutura do CTCL, foi inaugurado em abril de 2012.

“Os benefícios vão muito além do CTCL, que ganhará com a criação de uma estrutura de pesquisa das mais modernas atualmente. Os recursos promoverão o desenvolvimento científico na área de tecnologias limpas voltadas principalmente à área de conversão térmica de carvão mineral, mas que também poderão ser aplicadas a outros setores como óleo e gás”, afirma a professora do curso de Engenharia Química, pesquisadora e coordenadora do projeto, Carolina Resmini Melo.

Várias plantas pilotos para estudo na área de captura de CO2 têm sido instaladas em outros países, mas no Brasil este número é bastante reduzido. “Testes em escala piloto serão realizados com o intuito de prever o comportamento do sistema de captura visando a aplicação em escala industrial”, revela o professor do curso de Engenharia Química e pesquisador do CTCL, Thiago Aquino.

Recursos já têm destino certo –  Em dezembro de 2013 foram aprovados junto à Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) recursos da ordem de R$ 4,4 milhões e, no mês de outubro de 2014, mais R$ 3,4 milhões junto à Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE/Eletrobras). O recurso aprovado junto a Fapesc está sendo aplicado na síntese de novos adsorventes para a captura de CO2, construção de um laboratório voltado à síntese de novos materiais e testes do processo de captura em escalas de bancada e piloto.

Além disso, o projeto viabilizou a aquisição de equipamentos e a elaboração do projeto detalhado da planta piloto. “Para o futuro, outros projetos devem ser submetidos para ampliar a estrutura laboratorial, principalmente em termos de equipamentos. Além disso, novos adsorventes devem ser sintetizados e testados no intuito de melhorar a capacidade de captura de CO2 com foco na penalidade energética mínima”, projetam os pesquisadores.

O que é a captura de CO2 –  As tecnologias de captura e armazenamento de CO2 são estudadas para recuperar o gás emitido em grandes quantidades pela indústria pesada (termelétricas, siderurgias, fábricas de cimento, refinarias, por exemplo) após a queima de matérias-primas (petróleo, gás ou carvão) e armazená-lo em estruturas geológicas profundas, reproduzindo o processo que a natureza tem realizado em jazidas naturais, ao longo de milhões de anos.

 A queima de recursos fósseis produz energia, mas também gera CO2, um gás de efeito estufa associado às mudanças climáticas. A emissão desse gás pode ser reduzida graças à captura e armazenamento de CO2.

Fonte: Engeplus e Satc

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