O Brasil precisa aumentar a sua criação de patentes. A mensagem foi dada pelo coordenador de Cooperação Multilateral do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Cassiano D’Almeida, ao participar, nesta terça-feira, 13/11, da arena “Ciência sem Fronteiras: Construindo redes internacionais para inovação”, do 5º Open Innovation Seminar (OIS), evento realizado na capital paulista.
O coordenador do CNPq aproveitou o evento para apontar as deficiências nacionais em relação à inovação. “A pesquisa e desenvolvimento [P&D] no Brasil ainda é muito concentrada nas universidades, quando deveria estar mais presente na indústria”, assinalou. D’Almeida lembrou que o programa Ciência sem Fronteiras (CsF) é uma iniciativa inspirada em exemplos bem-sucedidos de países que apostaram na educação como diferencial, como a Coreia do Sul.
No evento, a chefe da Unidade de Cooperação Internacional em Pesquisa e Inovação para as Américas da Comissão Europeia, Sieglinde Gruber, revelou que o bloco tem grande interesse em receber alunos brasileiros e colocar em prática uma vertente ainda pouco divulgada do programa, que é a vinda de pesquisadores estrangeiros ao Brasil. Desde o lançamento do CsF, em 2011, o governo brasileiro vem proporcionando a estudantes e pesquisadores a oportunidade de participar e estudar nas melhores e mais relevantes universidades do mundo.
A ideia central é contribuir para a inovação, conectando a academia ao setor privado. O programa prevê a concessão, até 2015, de até 101 mil bolsas com o objetivo de promover intercâmbio e a internacionalização do conhecimento. A iniciativa busca, também, atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com pesquisadores brasileiros em áreas prioritárias definidas no programa, de maneira a criar oportunidades de treinamento especializado no exterior.
A presidenta Dilma Rousseff defendeu que a indústria tenha um papel relevante no desenvolvimento econômico do país por meio da geração de tecnologia. “Se quisermos ter um país cada vez mais avançado, precisamos que a nossa indústria aproveite a ciência para gerar tecnologia”, disse a dirigente, ao discursar nesta quarta-feira, 14/11, em cerimônia da 7ª Olimpíada do Conhecimento, realizada em São Paulo.
Dilma também enfatizou a formação profissional de jovens e trabalhadores pelo Sistema S – formado de 11 organizações instituídas pelo setor produtivo, como Sesc, Sesi, Senai e Senac. Ela lembrou parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional do Comércio (Senac) no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
De acordo com a presidenta, quando o governo assinou o Pronatec, tinha a expectativa de criar 8 milhões de vagas no ensino técnico até 2014. Em pouco mais de um ano, segundo informou, já foram abertas 2,2 milhões de vagas. Dilma também garantiu que o governo está tomando medidas para ampliar o acesso gratuito de jovens e trabalhadores ao ensino profissionalizante. Fonte: Convergência Digital