Orientações nutricionais ajudaram pacientes com câncer de mama a não ganhar peso durante o tratamento. Adicionalmente, elas conseguiram reduzir em 60% o consumo de carnes vermelhas ou processadas e aumentar em 50% a ingestão de frutas, legumes e verduras em relação ao grupo que não recebeu o acompanhamento de uma equipe da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Esses e outros resultados foram detalhados hoje (28 de junho), durante o Seminário de
Avaliação do Programa de Pesquisa para o SUS, promovido pela FAPESC (Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Novos estudos serão
divulgados no evento, que prossegue até sexta-feira (29), no auditório do INOVA@SC,
no ParqTec Alfa que fica na Rodovia SC 401, em Florianópolis). Há estudos sobre diabetes,
obesidade, pressão alta, transfusão de sangue, saúde mental, problemas do coração e de
audição. Cada um será abordado em meia hora, entre as 9 e 19hs, com intervalo entre
12h e 13h30.
A pesquisa sobre câncer de mama foi feita pela mestranda Cecília Cesa, com o Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo e sob orientação da Professora Patricia Faria Di Pietro do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC. Ao longo de um ano foram acompanhadas 18 mulheres com câncer de mama, objetivando melhorar seu consumo alimentar e avaliar o reflexo desse acompanhamento no peso e nas defesas do organismo. Segundo as pesquisadoras, mulheres em tratamento para o câncer de mama estão suscetíveis a ganhar uns quilinhos e aumentar seu nível de oxidantes, fatores que podem contribuir para o retorno da doença.
Para evitar o risco, cada paciente recebeu mensalmente um boletim ilustrado com dicas sobre alimentação, atividade física, efeitos do tratamento, entre outros. Além disso, a cada 15 dias os pesquisadores ligavam para as pacientes, orientando-as a consumir uma quantidade mínima de 400 g/dia de frutas, legumes e verduras, e a reduzir o consumo de carnes vermelhas (bovina, suína, ovina e caprina) ou processadas (preservada pela defumação, cura/salga ou com adição de conservantes químicos). Um máximo de 500 g semanais era a orientação do grupo, que também deu uma aula de culinária e 2 palestras às pacientes. Essa intervenção nutricional educativa estimulou bons hábitos alimentares, a manutenção do peso corporal e o aumento de defesas nas pacientes, buscando dar maior sobrevida e qualidade de vida às mulheres.
O câncer de mama é classificado como a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres no mundo e também no Brasil, onde é o câncer mais incidente na população feminina, com exceção do câncer de pele não melanoma. Apesar de ser considerado um câncer de relativo bom prognóstico, as taxas de mortalidade continuam elevadas no Brasil. Apenas 60% sobrevivem à doença em países em desenvolvimento.
Detalhes com Cecília Cesa . Ela é Nutricionista Clínica Mestranda doGENEO – Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo
web: www.geneoufsc.wordpress.com
55 + 48 + 9154 3951
Para saber mais sobre o Seminário de Avaliação do Programa de Pesquisa para o SUS, fale com Fernanda Beduschi Antoniolli, fone 32 15 12 18, e-mail fernanda@fapesc.sc.gov.br.]