Jovens universitários se envolvem em pesquisas sérias através da iniciação científica

Onde o Google não tem vez: Na iniciação científica, alunos colocam a “mão na massa” em trabalho de campo na caverna do Tocantis Na iniciação científica, alunos colocam a “mão na massa” em trabalho de campo na caverna do Tocantis 

Beatriz Mota

Em 0,24 segundos, é possível encontrar aproximadamente 67 milhões de resultados para a palavra “pesquisa”. Mas quem não é da era Google se lembra: houve um tempo em que o ato de pesquisar demandava bem mais tempo e dedicação dos estudantes. Nas universidades, porém, ainda há muitos jovens que se envolvem em investigações apuradas e importantes por meio de projetos de iniciação científica.

O professor Leonardo Ávilla, coordenador de Laboratório de Mastozoologia da Unirio, deu seus primeiros passos na vida acadêmica como estagiário de um projeto de pesquisa no Museu Nacional. Hoje, ele oferece a mesma oportunidade a vários de seus alunos.

– Estimulo muito os meus alunos a buscarem oportunidades deste tipo. É o momento que você tem de experimentação. A iniciação científica é importante para expandir seu olhar – conta Leonardo, que acaba de voltar com seus estagiários de uma pesquisa no Tocantins com fósseis de um ancestral do tatu.

Estudantes fazem trabalho de campo em caverna do Tocantis Estudantes fazem trabalho de campo em caverna do Tocantis Foto: Divulgação

No laboratório de Ávilla, os estudantes de graduação colocam “a mão na massa” nos trabalhos de campo, mas também aprendem a definir seus objetos de pesquisa, produzir artigos, participar de congressos nacionais e internacionais e a ver como trabalham pesquisadores de outras instituições.

– Também busco fazer colaboração com instituições de fora do pais, para que eles possam ter experiências com outros orientadores – diz Ávilla, que aceita estudantes de várias universidades.

Geralmente, os professores envolvidos em projetos científicos cadastram-se em órgãos de pesquisa como Capes, CNPq e Faperj, que distribuem bolsas aos estudantes interessados e selecionados. Com isso, é comum, também, que muitos alunos busquem o trabalho para conseguir uma graninha a mais.

– Muitas vezes o aluno que entra desinteressado acaba florescendo, se descobrindo um cientista. Há os que saem daqui e engatam no mestrado e, em seguida, no doutorado – conta o professor, que define o trabalho dos pesquisadores:

– Acham que as pesquisas cientificas caem do nada, mas há um grande levantamento de bibliografia. A gente busca problemas para depois encontrar a resposta. Você começa a ver que um aluno está pronto quando começa a fazer suas próprias perguntas.

Oportunidades de iniciação em todos os tipos de curso

Carreiras como a Zoologia exigem do aluno o estágio em pesquisas científicas. Mas, em outras graduações, onde não existe a exigência curricular, há quem saia da universidade sem conhecer essas oportunidades. Este (quase) foi o caso da estudante de Artes Cênicas Fabíola Romano.

No 8º período da faculdade, ela faz iniciação científica com o professor Paulo Merisio e desenvolve uma pesquisa sobre a investigação de papéis melodramáticos nos contos de Nelson Rodrigues em “A Vida como Ela É”.

– Quando entrei na faculdade, não tinha noção do que era iniciação científica. Até que o professor viu meu interesse pela área de melodrama e me convidou para participar do projeto – conta Fabíola, que teve a oportunidade de dar aulas sobre o assunto desenvolvido em sua pesquisa.

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/vida-de-calouro/onde-google-nao-tem-vez-jovens-universitarios-se-envolvem-em-pesquisas-serias-atraves-da-iniciacao-cientifica-3992028.html#ixzz1nDhEd44w

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