A ciência na eleição: artigo do jornalista Moacir Loth

22.07.2010

Santa Catarina, ao colocar gradativamente em prática a idéia de que Ciência, Tecnologia e Inovação merecem a condição de Política de Estado, pavimentou o caminho que encurta a distância entre a academia, o governo e o setor produtivo. A regulamentação da Lei Catarinense de Inovação e a aprovação da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação consolidam a estratégia para o desenvolvimento sustentado nas localidades onde vivem os cidadãos. Fortalecem esta filosofia as ações concretas de descentralização e de desconcentração da atividade científica, tecnológica e inovadora.

Os avanços conquistados só foram possíveis por causa do engajamento da comunidade científica, das universidades, dos institutos e das lideranças políticas e empresariais. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade do Estado (Udesc), o Sistema Acafe (Fundações Educacionais), a Epagri (Empresa da Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural), a Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica) e a Federação das Indústrias (Fiesc) tiveram papel perene nessa caminhada vitoriosa construída a partir de parcerias locais, regionais e federais.

O reconhecimento tácito da CT&I como instrumento vital de transformação fica claro no documento “Agenda Desenvolvimento SC: uma visão da indústria”, lançado pela Fiesc para apreciação dos candidatos ao Governo. O setor produtivo, finalmente, abraça, com todas as letras, medidas ousadas no âmbito da inovação e da modernização. A direção da Fapesc, por exemplo, une-se ao setor produtivo quando este reivindica o cumprimento da Constituição Estadual que manda aplicar 2% da arrecadação de impostos em CT&I. A academia também respalda a defesa de incentivos para atividades de inovação, desenvolvimento de infraestrutura tecnológica, centros tecnológicos e acesso ao conhecimento; a criação de incubadoras, de parques tecnológicos e de um fundo de crédito para pesquisa e inovação nas empresas.

A Agenda da Fiesc projeta o setor produtivo como aliado estratégico para que as conquistas de hoje sejam aprofundadas no próximo governo, independentemente de quem vença a eleição. A Fiesc, dessa forma, faz coro com a decisão da 4ª Conferência Nacional de CT&I que elege o setor como Política de Estado.

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