A curiosidade em conhecer os monumentos históricos da cidade no passado, saber onde estão situados e se ainda existem nos dias de hoje despertou o interesse de um grupo de alunos do 8º e 9º ano da Escola Municipal Antônio Moraes que, por meio do programa de Ciência da Escola (PCE), puderam desenvolver a pesquisa em relação ao tema.
O projeto denominado “Manaus ontem, Manaus hoje: um resgate histórico-arquitetônico através da arte” é uma pesquisa sobre os monumentos históricos que existiam e, atualmente, não existem mais.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Ana Amélia Sampaio, os alunos visitaram o centro histórico da cidade e as descobertas foram surpreendentes. “Eles descobriram que o local onde hoje é o Atlético Rio Negro Clube já foi um cemitério de nome São José, o Cine Guarani de antes, localizado nas esquinas das ruas 7de setembro e Floriano Peixoto, no centro da cidade, é hoje o Banco Itaú”, comentou.
Após a pesquisa, os alunos fizeram pinturas em telas, comparando os dados coletados. Para a estudante de Pedagogia Glenda Wilcka Borges, monitora do projeto, a experiência foi bastante válida, pois permitiu que descobrisse monumentos que antes não conhecia. “A pergunta que me faço é: por que esses prédios não foram mantidos, por que não foram preservados?”.
Para a aluna e bolsista Raquel Ponce, 14, a pesquisa proporcionou maior conhecimento sobre a cidade. “Conhecendo, poderemos preservar e quem sabe, trabalhar na área do turismo e explicar a história dos monumentos da cidade”, disse.
Visita Ilustre
A professora de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), Rosa Ester Rossini, que entre outras atividades acompanhou o início da implantação da iniciação científica no Brasil, em visita a Manaus, veio prestigiar a Mostra e ficou entusiasmada com o que viu. “Eu me sinto muito honrada em ver como este programa cresceu, o sucesso e a continuidade que ele vem tendo a cada ano, envolvendo um grande número de professores e alunos”, afirmou.
O comentário de Rossini se deve ao fato de ela ter participado também do primeiro ano do PCE, ocasião em que foi uma das avaliadoras dos projetos, em 2004. “Vale a pena investir nessa juventude”, finalizou.
Carlos Fábio Guimarães – Agência Fapeam