Na categoria Profissional, os ganhadores são: jornalista Luana Carlos Ferreira, com o trabalho O que você sonhou hoje, publicado no jornal Nasemana, em 6/12/2008, Jornalismo Impresso; jornalista Larisse Emanuella Lucena de Souza, com o trabalho RN: Aqui se faz ciência, veiculado pela Sim TV, no programa Sim Notícias, em 13/11/2009, Jornalismo Eletrônico; e José Eduardo Maia, com o trabalho Vida nova ao alcance das mãos, publicado no jornal Diário de Natal, em 15/11/2009, Fotojornalismo. Na categoria Estudante ganharam Leandro Igor Vieira Ferreira, com o trabalho Energia solar para todos, publicado no jornal Correio da Tarde, em 14/11/2009, Jornalismo Impresso e Dayanne Cristine de Oliveira Leite, com o trabalho Projeto Adobe, veiculado pela TV Universitária, no programa TV U Notícias, em 23/07/2009, Jornalismo Eletrônico. A comissão julgadora concedeu uma Menção Honrosa à jornalista Adriana Assis de Amorim pelo conjunto de seu trabalho e pela grande contribuição prestada à divulgação científica no estado.
Nessa terceira edição houve um aumento significativo no número de trabalhos inscritos em relação ao ano anterior. Em 2008, a comissão julgadora avaliou 24 matérias jornalísticas, enquanto agora esse número foi de 64.
Trabalhos
A matéria de Luana Ferreira explica por que os estudos com sonhos desenvolvidos pelo neurocientista André Pantoja no Instituto Internacional de Neurociências de Natal são revolucionários para o campo da neuropsicanálise. Pantoja encontrou relação entre a quantidade e conteúdo dos sonhos e a aprendizagem, o que até então ninguém havia feito. Ele usou o jogo de videogame Doom, que envolve labirintos, perseguições e monstros, e fez as pessoas jogarem antes e depois de dormir. Os voluntários dormiam no laboratório com a cabeça coberta por eletrodos e eram acordados por ele no dia seguinte com a pergunta: o que se passa na sua mente. Pessoas que sonharam com o jogo tiveram desempenho melhor ao acordarem. Ele acredita que os sonhos têm um papel fundamental para a memória e aprendizagem do homem.
O trabalho ganhador do Prêmio em Jornalismo Eletrônico Profissional teve a produção da jornalista Karla Larissa, imagens do cinegrafista Marco Polo Rodrigues e edição de Rafael de Gois. Dividido em duas partes, o trabalho apresenta pesquisas realizadas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte em três importantes áreas: Astronomia, TV Digital e Robótica, representando a ciência e a tecnologia desenvolvidas no estado. A primeira delas trata das pesquisas realizadas por astrônomos da UFRN, coordenadas pelo professor José Renam de Medeiros, responsável pela implantação do Instituto Nacional de Ciências do Espaço. Também é mostrado o trabalho educativo feito no Planetário de Parnamirim. A segunda parte aborda os estudos também desenvolvidos por pesquisadores da UFRN que influenciaram no modelo brasileiro da TV Digital no Brasil. E ainda o despertar das crianças, através de aulas de robótica.
A fotografia da matéria Vida nova ao alcance das mãos, realizada pelo fotojornalista Eduardo Maia, publicada no Jornal Diário de Natal, explica a impossibilidade do ex-serralheiro João Batista Barbosa Filho, 60 anos, morador do Jardim Progresso, de fazer suas atividades simples do dia-a-dia durante mais de dois anos, desde que amputou o dedo anelar da mão esquerda em um acidente de trabalho. Sua vida voltou ao normal, quando passou a utilizar as adaptações confeccionadas através de EVA (material emborrachado), por duas terapeutas educacionais que integram o Programa de Internação Domiciliar (PID). Implantado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) em setembro de 2005, o programa federal faz parte da política nacional desenvolvida pelo Ministério da Saúde. Como ele é canhoto, as adaptações das peças o ajudaram a escrever, comer e beber.
Estudante
Leandro Igor é aluno do 7º período de Comunicação Social Jornalismo, da UFRN. A reportagem ENERGIA SOLAR PARA TODOS fala da iniciativa do Professor-Doutor Luis Guilherme, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, de tornar acessível a energia solar. Para alcançar seu objetivo, ele projeta e fabrica produtos que podem ser feitos com sucatas, de forma que a população mais carente possa ter acesso aos inventos. Na lista dos seus protótipos, estão: o aquecedor solar de grãos, fogões, ferro de passar, entre outros. Apesar de comprovar cientificamente a eficácia dos utensílios, o professor ainda não conseguiu disseminá-los e distribuí-los, visto que tanto a iniciativa privada quanto a pública não demonstraram interesse de investir em seu projeto, o que ele considera preconceito. Esse é então o seu desafio, exposto na reportagem.
Também da UFRN é a aluna do 5º período do Curso de Radialismo, Dayanne Oliveira, que ganhou o Prêmio na categoria Eletrônico Estudante 5º período radialismo. A equipe foi formada por Francisco de Assis da Silva (cinegrafista), Edmar Gonçalves (iluminador), Jarbas Cabral Monte (editor de imagens) e Adriano de Araújo Sabino (editor de imagens). A matéria aborda o Projeto Adobe, que é o trabalho de conclusão do curso de Arquitetura, da aluna Cecília Marilaine Rego. Este projeto foi bem conceituado na UFRN por trazer uma idéia inovadora de construir casas de forma rápida e de baixo custo para uma parte do grupo do Movimento Sem Terra que vive no Centro de Formação Educacional Patativa do Assaré, em Ceará-Mirim. Devido à relevância do projeto, que pode ser levado para outros assentamentos e comunidades, tornando real o sonho da casa própria é que a matéria foi produzida.
Comissão
A Comissão julgadora foi formada pelos jornalistas Rejane Cardoso, Luciano Oseas, professor do curso de Comunicação Social da UFRN, Valéria Credidio, chefe do Departamento de Comunicação e Artes da UnP, Ana Lúcia Gomes, professora do Curso de Comunicação Social da UERN e Zilene Costa, da Secretaria de Comunicação Social do governo do estado.
Fonte: Monica Costa/Jornalista da FAPERN