Plataforma de software ContextNet utiliza o smartphone como elemento focal da Internet das Coisas

Já pensou em acender as luzes de casa, fechar as persianas e, até mesmo, ligar o ar condicionado através do celular? O Laboratory for Advanced Collaboration (LAC), do Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), imaginou essa possibilidade e, desde 2014, se aprofundou na criação de uma plataforma de software — um middleware — à frente do seu tempo. Sob a coordenação do Prof. Markus Endler, o laboratório agora anuncia o lançamento doContextNet, um middleware mobile-cloud que unificará em smartphones funções de descoberta e de conexão com objetos inteligentes móveis, capazes de mover ou serem movidos, além de servir como intermediários para o envio e armazenamento de dados destes objetos na nuvem.

Mas o ContextNet não se limita apenas ao uso doméstico, pelo contrário: a proposta é abranger áreas da saúde pública, segurança, transporte, energia, meio ambiente, indústria e agricultura de precisão, dentre outros. “Outro ponto relevante é que, atualmente, os dispositivos da “Internet of Things” (IoT) precisam ser conectados à Internet através de gateways específicos que executam um software do fabricante com a “sua solução IoT”. Quando conseguimos comandar o sistema de aquecimento/refrigeração de ambiente a distância, isso se dá porque o fabricante desenvolveu e fornece essa funcionalidade através de um gateway próprio, do tipo “Smart Home Control Center”. Nós queremos unificar o acesso a todos esses objetos inteligentes à internet no aparelho celular. Não será preciso mais se prender a uma marca específica para poder permitir que os seus objetos inteligentes interajam através da nuvem”, complementa Markus Endler.
“Nossa aposta é que qualquer dispositivo inteligente com sensores embarcados e conectividade sem fio de curto a médio alcance possa se beneficiar do ContextNet”, aponta o professor, que explica que o software não é uma aplicação mobile convencional com uma interface com o usuário, mas funciona de maneira invisível, em background. De tempos em tempos, fará uma varredura para detectar dispositivos inteligentes próximos ao celular, seja em casa, na rua ou no trabalho, e a conexão com o smartphone será via Bluetooth ou NFC, que são os chamados padrões wireless de curto alcance e baixo consumo de energia. “Por exemplo: ao interagir com seu carro, o celular poderá monitorar dados, como velocidade e rotação por minuto do motor, e enviar essas informações para programas na nuvem que analisam o modo de condução. Isso seria interessante, por exemplo, para uma seguradora que poderá avaliar se o motorista está dirigindo de forma adequada ou não”, complementa.
Segundo Endler, não será mais o hardware, ou seja, o objeto físico, que dominará essa revolução tecnológica, mas sim a plataforma de software instalada na nuvem e nos smartphones. Ao oferecer comunicação com diversos dispositivos, coletar, filtrar e agregar dados de sensores e promover o gerenciamento de energia desta comunicação de informações, o ContextNet se confirma inovador ao oferecer soluções rápidas e eficientes para tecnologias que serão disseminadas nos próximos anos. “Estamos prontos para o que será a quarta Revolução Industrial. Este é um mercado de muitos bilhões de dólares e, até 2020, espera-se que existam mais de cinco bilhões de objetos inteligentes e sensores nos ambientes que nos cercam, e que mais de sete bilhões de usuários no mundo utilizem pelo menos um smartphone. A Internet das Coisas é um caminho sem volta e nós já estamos oferecendo soluções para a tecnologia do futuro”, revela Endler.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Centro Técnico Científico da PUC-Rio

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