Cogumelo mais antigo do mundo foi "repatriado" para o Brasil

O fóssil de cogumelo mais antigo do mundo é brasileiro e acaba de retornar ao país. Originalmente encontrado em rochas da Chapada do Araripe, no Ceará, o fóssil estava no Centro de Pesquisas de História Natural da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Durante o 8º Congresso Brasileiro de Micologia, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de 3 a 6 de outubro, o fóssil foi entregue pelo representante da universidade norte-americana, o micologista Andrew Miller, à professora Leonor Costa Maia, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
“Este espécime representa o fóssil de cogumelo mais antigo do mundo, com idade aproximada de 120 milhões de anos, e é o único fóssil de cogumelo conhecido da América do Sul. Além disso, é o único preservado em rocha – todos os outros seis fósseis conhecidos no mundo estão preservados em âmbar”, explica Andrew Miller.
“Fico muito feliz em ter a oportunidade de estar aqui. A tendência mundial é devolver espécimes como este ao país de origem, é um gesto importante. Escolhemos a UFPE por ter a maior coleção de fungos no Brasil, então tem a segurança e infraestrutura para manter essa raridade segura”, ressalta Miller.
“É uma grande honra, como comissão organizadora do Congresso, possibilitar a primeira exposição do fóssil no país durante o evento nacional”, salienta Maria Alice Neves, professora da UFSC e presidente do Congresso. O fóssil foi exibido na última quinta-feira, dia 6 de outubro. Mais de 250 pessoas assinaram o livro da exibição.
“É uma atitude muito louvável”, ressalta Leonor Costa, que levou o fóssil que agora faz parte do acervo do Herbário URM, da UFPE. O Herbário atualmente possui mais de 88 mil registros de fungos, sendo considerado uma das maiores coleções de fungos herborizados na América Latina.

Durante a exibição do fóssil, houve também a exposição de coleções de selos com desenhos de fungos. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)Durante a exibição do fóssil, houve também a exposição de coleções de selos com desenhos de fungos. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)
Durante a exibição do fóssil, houve também a exposição de coleções de selos com desenhos de fungos. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)Durante a exibição do fóssil, houve também a exposição de coleções de selos com desenhos de fungos. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista da Agecom/UFSC

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