Técnicos da JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) apresentaram a gestores da Epagri/Ciram, da Defesa Civil, do Deinfra, da Celesc, da Fapesc, da UFSC e de outros órgãos, relatório de um ano e meio de trabalho com sugestões de ações para a prevenção de cheias no Vale do Itajaí. O trabalho foi mostrado nesta segunda-feira 26 e inclui ações para o caso de recorrência de chuvas e enchentes em períodos de 10, 30 e 50 anos. O trabalho se tornou pontual e urgente em função da última enchente, de 7 a 11 de setembro, na região, especialmente em Rio do Sul e cidades vizinhas, e em Blumenau e Itajaí.
“É um pré-projeto que está sendo entregue para a discussão da sociedade catarinense. Depois de uma análise, o governo do Estado vai decidir o que fazer”, explica o chefe do Ciram, Edson Silva. Nesse um ano e meio a Epagri/Ciram cedeu espaço físico e deu apoio operacional aos técnicos japoneses que trabalharam em Santa Catarina. No final de outubro, o governador do Estado deve ir ao Japão decidir com a JICA o que fazer.
Dependendo do nível de correção que se deseja, as ações sugeridas incluem a construção de barragens, desvio de rios, desassoreamento, ampliação dos cursos dos rios, canal extravasor no litoral, diques e até remoção de pessoas, nos momentos críticos ou em definitivo, o que é mais difícil, embora fosse razoável se para cumprir apropriadamente o plano diretor de ocupação do solo de cada município do Vale do Itajaí.
“No caso da Epagri/Ciram nós vamos devolver a JICA a nossa avaliação até o dia 15 de outubro”, informa Edson Silva. “A ideia é podermos melhorar nossa rede de monitoramento, e também a previsão do tempo, para avisar as autoridades e para que a Defesa Civil possa tomar rápidas medidas contra as cheias, como abrir barragens ou evacuar populações”, completa Edson.
O que fazer, quando fazer e o custo das obras dependem da capacidade de endividamento do governo do Estado e de parcerias.
Matéria elaborada por Mauro Meurer, da Epagri/GMC
Fonte: Epagri