Gestores de fundos de venture capital, representantes da ABVCAP e diretores de empresas investidas participaram do evento, realizado no auditório da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE). Depois de Florianópolis, o workshop ainda passará por Fortaleza e Belo Horizonte. “Agora, queremos promover uma estratégia de regionalização e prospeção de novos negócios em vários locais do país”, afirma a gerente executiva da ABVCAP, Ângela Ximenes. A interiorização dos investimentos também é a intenção da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), por meio de parcerias com entidades locais. “Fazemos acordos de cooperação técnica para aumentarmos nossa escala e conquistarmos capilaridade pelo país”, explica Bruno Rodrigues Camargo, Analista de Desenvolvimento Empresarial da FINEP.
A chegada de eventos como esse a Florianópolis responde a uma demanda do setor tecnológico local para ganhar visibilidade entre os investidores. “Temos um ecossistema inovador propício para trazer esse tipo de aporte para nós e para que estes grupos apareçam mais”, diz o Diretor Executivo do CELTA, Tony Chierighini. Ele mediou uma mesa de discussão com representantes de três fundos brasileiros – Criatec, BR Opportunities e CVentures – sobre o cenário catarinense de investimentos. “Quando trago pessoas de fora para cá, elas ficam impressionadas com essa estrutura única – possivelmente a maior do país”, comenta o gestor regional do Criatec, Reinaldo Coelho.
Esse cenário propício permitiu que duas empresas catarinenses do setor, Arvus Tecnologia e Cianet Networking, integrassem a carteira do Criatec. O diretor-presidente da Arvus, Bernardo de Castro, e o presidente da Cianet, João Francisco dos Santos, participaram da última mesa de debates do workshop, mediada pelo vice-presidente da ACATE, Everton Gubert. Ambos definiram os aportes como positivos, tanto pela questão financeira, quanto pela organização que é preciso ter para ser investido. “Isso ajuda a definir como a empresa pode mudar e contribui com o networking. Os empreendedores tem seu papel, são brilhantes, mas é preciso ter um bom gestor – e os grupos de venture capital colaboram também neste ponto”, diz João Santos. Além disso, a entrada desse “novo sócio” não tira a autonomia do empresário, segundo Bernardo de Castro. “Carregamos um histórico, uma relação passional com nosso negócio. O fundo traz um pouco dessa visão externa do negócio. No início, é possível ser um “faz tudo” – depois, é preciso ter uma equipe capacitada.”
Fonte: Acate