O lançamento do SC+Energia – Programa Catarinense de Energias Limpas, nesta quarta-feira, 24, em Florianópolis, foi seguido por um debate entre representantes do Governo do Estado e empresários. No encontro, a iniciativa foi destacada como uma importante medida do poder público para combater ou pelo menos amenizar os impactos da ameaça de crise econômica que preocupa o país.
O debate foi mediado pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, que parabenizou o Governo do Estado pela iniciativa. “Não podemos deixar que a a crise nos domine. Nós é que temos que dominar a crise, com ações como o lançamento do SC+Energia, que vai atrair investimentos, contribuir com o desenvolvimento do setor produtivo e gerar empregos”, destacou.
O presidente da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), Ivo Pugnaloni, também participou do debate e destacou a vocação catarinense no setor. “O potencial de Santa Catarina para PCHs é o terceiro maior do país, atrás apenas do Mato Grosso e do Paraná”, afirmou.
Hoje, o volume gerado a partir de energias limpas em Santa Catarina é de cerca de 880 megawatt (MW), o que corresponde a 19,5% do total. São 74 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em operação que geram 560 MW, o que representa 12,35% de energia no Estado, e 114 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) que operam 77 MW. Outros tipos de energias limpas são a eólica, que gera 242 MW, e a solar, com apenas 4,2 MW. Existem, ainda, outras nove PCHs em construção que irão fornecer mais 52,2 MW.
O debate também contou com depoimentos dos secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini; da Fazenda, Antonio Gavazzoni; do presidente da Celesc, Cleverson Siewert; do presidente da Fatma, Alexandre Waltrick; e representantes da Junta Comercial de Santa Catarina, do BRDE, do Badesc e da SCGás.
O grupo destacou as medidas do programa SC+Energia que visam atrair novos investimentos no setor, como incentivos fiscais, programas de financiamento e reforço de pessoal nas equipes que trabalham com licenciamento ambiental no Estado.
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Lançado nesta quarta, programa SC+Energia une forças para incentivar investimentos em energias renováveis em SC
“PCHs são a bola da vez”, defende presidente da Tractebel
O evento terminou com uma palestra do presidente da Tractebel Energia, engenheiro Manoel Arlindo Zaroni Torres. Engenheiro eletricista especialista em administração, Zaroni passou a integrar a diretoria da Tractebel Brasil em 1998, assumindo a presidência da Tractebel Energia em 1999.
Zaroni parabenizou o Governo do Estado pelo SC+Energia e afirmou que o programa vem em um momento muito importante para a economia. “Mais investimentos em Santa Catarina significam mais energia, mais emprego e mais impostos na cadeia produtiva”, acrescentou.
Sobre a importância da diversificação da matriz energética do Estado, defendeu que as Pequenas Centrais Hidrelétricas são “a bola da vez” em Santa Catarina, reconhecendo a importância do SC+Energia priorizar os investimentos em energias limpas e renováveis.
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