Segundo o coordenador do estudo e professor do departamento de Oftalmologia, Maurício Maia, o corante está na fase final de testes. ?Essa substância pode custar até 50 vezes menos do que a utilizada hoje neste tipo de cirurgia, cujo custo varia entre R$ 200 e R$ 500?, afirmou. O pedido de patente do corante natural já foi feito e a expectativa dos pesquisadores é de que em abril o produto seja usado em cirurgias realizadas na Unifesp.
A procura pelo corante ideal começou em 2000. De lá para cá, foram testadas diversas substâncias da flora brasileira. ?Três plantas tiveram resultados positivos. A antocianina colore a membrana com um tom avermelhado e não é tóxico ao olho do paciente?, disse Maia. As substâncias usadas nas cromoterapias ? técnica cirúrgica que usa corantes ? são a indocianina verde e o azul verde. Se forem aplicadas em alta dosagem elas podem causar a atrofia de uma das camadas da retina.
Há um ano, o grupo da Unifesp se dedicou a testes laboratoriais com a substância do açaí. Segundo Maia, o pH (índice de acidez) da substância teve de ser ajustado para ficar neutro e não causar problemas à visão do paciente.
O estudo foi apresentado no congresso mundial Vitrectomy Vail 2010, que acontecei de 13 a 17 de março na próxima semana no Colorado, nos Estados Unidos.
Procedimento
O corante é aplicado na parte interna dos olhos para facilitar a visualização de tecidos transparentes nas cirurgias para remoção de membranas na retina e deslocamento do vítreo.
O pedido de patente do corante natural já foi feito e a expectativa dos pesquisadores é a de que em abril o produto seja usado em cirurgias realizadas na Unifesp.
Agência Fapeam
(Com informações do site do MCT)