A última reunião do ano do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), realizada em novembro, serviu para avaliar as principais ações da instituição no período de 2011 a 2014.
A presidente do Conselho e secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Lucia Dellagnelo, falou no Economia Verde Solidária, que promove a inclusão social de pequenas cooperativas e aproveita resíduos de uma cadeia produtiva em outra. Por exemplo, uma colônia de pescadores de Balneário Camboriú está enviando a pele de peixes aos artesãos capazes de transformá-la em artigos de “couro”, como bolsas, porta-retratos e colares. Isso evita que os dejetos altamente contaminantes sejam jogados em rios, prejudicando a oxigenação da água.
Dellagnelo também abordou os Centros de Inovação em implantação no estado e convidou os colegas para o 1º Encontro dos Comitês de Implantação dos Centros de Inovação, dia 9 de dezembro. Estiveram presentes cerca de 80 pessoas, entre representantes de todos os 13 Centros de Inovação, instituições de ensino e empresas.
Foi abordado também o programa Tecnova, lançado pela Fapesc em Santa Catarina no ano passado, antes de qualquer Estado brasileiro. Por meio dele, 53 empresas catarinenses receberam subvenções de R$ 180 mil a R$ 600 mil para desenvolverem, até junho de 2016, os projetos apresentados via chamada pública. Foram investidos R$23 milhões, sendo R$7,7 milhões do governo estadual e R$15,3 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Outra iniciativa levantada na reunião foi o Programa de Apoio à Pesquisa (PAP) para a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), cuja segunda chamada teve seu resultado anunciado em novembro, destinando R$ 3,6 milhões a grupos de pesquisa da instituição estadual. Os recursos serão liberados em até duas parcelas, a partir do início da contratação, durante 24 meses. Esse prazo é o dobro daquele estipulado no primeiro edital do PAP, que em 2013 contemplou 96 grupos de pesquisa da Udesc. Eles receberam um total de R$1,8 milhão (R$ 900 mil de cada entidade).
“Com os recursos disponibilizados através de termos de outorga, os pesquisadores estão conseguindo ter os resultados esperados”, disse professor Antônio Heronaldo de Souza, reitor da Udesc, durante a reunião do Conselho do qual faz parte.
Já o conselheiro Paulo Cesar da Costa, da SC Par, salientou os benefícios que produtores rurais estão tendo com outro programa, chamado Campos das Tropas, que agrega valor à carne bovina da Serra Catarinense. Ele aplica técnicas sustentáveis que permitem a melhoria do padrão da produção e consequente aumento de renda dos pecuaristas envolvidos no programa, realizado com a Associação Rural de Lages, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas e Empresas (Sebrae/SC), Udesc e outros parceiros.
Fonte: Assessoria da FAPESC
Heloisa Dallanhol
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