Software ajuda quem tem problemas de fala

Pessoas com paralisia cerebral e outras deficiências ganharam um
programa de computador que amplia suas possibilidades de comunicação. O software foi criado por uma equipe coordenada por Alejandro Rafael Garcia Ramirez, professor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do
Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Criado em conjunto com profissionais da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCCE), o programa resulta de uma pesquisa mais ampla, cujos objetivos incluem facilitar a interação de crianças com ausência de fala associada a uma deficiência motora severa e, por consequência, propiciar sua inclusão digital e social.

Mediante o uso de ferramentas robóticas e computacionais, o software já vem ajudando um menino de 12 anos que tem paralisia cerebral e é atendido no Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi, da FCEE. Lá, uma fonoaudióloga o ensina a expressar pensamentos por meio das imagens mostradas na tela quando o programa roda. “Ele pressiona um tipo de grampeador adaptado – que substitui o enter do mouse – para selecionar símbolos e isso o ajuda na construção de frases. Como tem problemas no controle do pescoço, nem precisa olhar para a tela, pois “a palavra associada ao símbolo é falada”, diz o Prof. Ramirez, que dá aulas no mestrado em computação aplicada da Univali.

“O software não substitui outras tecnologias, que são complementares,”
acrescenta. Atualmente as crianças atendidas na Fundação usam recursos
importados, limitados, pouco customizados para necessidades individuais,
pois não levam em conta a evolução dos usuários no decorrer do tempo. Três delas participaram da fase inicial do estudo Mediação da Comunicação de Crianças com Múltiplas Deficiências, iniciado há um ano,com os R$ 49 mil repassados pela Fapesc após seleção da proposta por meio da última Chamada Pública do Programa Universal.

“Já estamos tendo resultados e o software está em fase de validação. É
importante salientar que a proposta abriria uma porta para o trabalho
conjunto na geração de soluções nacionais em diversas áreas relacionadas
que poderão ser utilizadas no dia a dia do atendimento dessas crianças.
Até 2015 teremos outras tecnologias também para cegos”, conclui Ramirez,
que tem Doutorado em Engenharia Elétrica.

Soluções para melhorar a vida de pessoas com deficiência

Crianças com limitações motoras severas têm mais dificuldades de interagir com os demais, e, por outro lado, são muito dependentes de terceiros. A falta de interação com o meio, principalmente nos dois primeiros anos de vida, atrasa seu processo de aprendizagem, se comparado a outras crianças sem deficiências.
A dependência de outras pessoas para a interação com o
meio também prejudica o desenvolvimento da criança. Além das restrições motoras, a ausência da fala limita sua comunicação e impede
a expressão de suas vontades. Esses fatores podem reduzir o interesse da criança em interagir social e ambientalmente. Neste contexto, a Comunicação Alternativa e Aumentativa permite efetuar a comunicação face a face de indivíduos incapazes de usar a linguagem oral.
Esta forma de comunicação é um recurso de Tecnologia Assistiva, que
envolve o uso de gestos manuais, expressões faciais e corporais,
símbolos gráficos, voz digitalizada ou sintetizada, dentre outros. O estudo financiado pela FAPESC aplica o Método Indutivo de pesquisa e já rendeu um artigo, a ser publicado numa revista científica.

Na FCEE, o projeto é coordenado pela própria supervisora da entidade, Elaine Carmelita Piucco, e envolve a fonoaudióloga Mísia Braga Fahrat, bem como os fisioterapeutas Marcelo Dias e Angélica Cristiane Ovando.
“Essa pesquisa reforça a missão institucional da Fundação em Santa Catarina que, entre outras coisas, trata de fomentar, produzir e difundir o conhecimento científico e tecnológico referente à educação especial. Além disso, os recursos repassados pela FAPESC para a pesquisa permitem investirmos em tecnologia assistiva para a realização do estudo. Posteriormente, esses produtos poderão ser disponibilizados para auxílio no atendimento de outros usuários da FCEE e reproduzidos para outras instituições de educação especial do estado”, conclui Piucco, Mestre em Ciências do Movimento Humano.
Ela salienta ainda a importância da parceria entre a Fundação e as Instituições de Ensino Superior, em particular a cooperação entre pesquisadores das áreas de engenharia e tecnologia da UNIVALI e pesquisadores das áreas da saúde e educação da FCEE, que se unem na busca soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência

Saiba mais com a supervisora da FCEE, Elaine Carmelita Piucco , fone 3381 2423  e e-mail elainepiucco@yahoo.com.br. Ou com o Prof. Alejandro Rafael Garcia Ramirez ramirez@univali.br.

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Software ajuda quem tem problemas de fala

Pessoas com paralisia cerebral e outras deficiências ganharam um
programa de computador que amplia suas possibilidades de comunicação. O software foi criado por uma equipe coordenada por Alejandro Rafael Garcia Ramirez, professor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do
Estado de Santa Catarina (Fapesc).
 
Criado em conjunto com profissionais da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCCE), o programa resulta de uma pesquisa mais ampla, cujos objetivos incluem facilitar a interação de crianças com ausência de fala associada a uma deficiência motora severa e, por consequência, propiciar sua inclusão digital e social.
 

Mediante o uso de ferramentas robóticas e computacionais, o software já vem ajudando um menino de 12 anos que tem paralisia cerebral e é atendido no Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi, da FCEE. Lá, uma fonoaudióloga o ensina a expressar pensamentos por meio das imagens mostradas na tela quando o programa roda. “Ele pressiona um tipo de grampeador adaptado – que substitui o enter do mouse – para selecionar símbolos e isso o ajuda na construção de frases. Como tem problemas no controle do pescoço, nem precisa olhar para a tela, pois “a palavra associada ao símbolo é falada”, diz o Prof. Ramirez, que dá aulas no mestrado em computação aplicada da Univali.

 
“O software não substitui outras tecnologias, que são complementares,”
acrescenta. Atualmente as crianças atendidas na Fundação usam recursos
importados, limitados, pouco customizados para necessidades individuais,
pois não levam em conta a evolução dos usuários no decorrer do tempo. Três delas participaram da fase inicial do estudo Mediação da Comunicação de Crianças com Múltiplas Deficiências, iniciado há um ano,com os R$ 49 mil repassados pela Fapesc após seleção da proposta por meio da última Chamada Pública do Programa Universal.
 
“Já estamos tendo resultados e o software está em fase de validação. É
importante salientar que a proposta abriria uma porta para o trabalho
conjunto na geração de soluções nacionais em diversas áreas relacionadas
que poderão ser utilizadas no dia a dia do atendimento dessas crianças.
Até 2015 teremos outras tecnologias também para cegos”, conclui Ramirez,
que tem Doutorado em Engenharia Elétrica.
 
 
 

Sugestão de BOX

Soluções para melhorar a vida de pessoas com deficiência


Crianças com limitações motoras severas têm
mais dificuldades de interagir com os demais, e, por outro lado, são muito dependentes de terceiros. A falta de interação com o meio, principalmente nos dois primeiros anos de vida, atrasa seu processo de aprendizagem, se comparado a outras crianças sem deficiências.

A dependência de outras pessoas para a interação com o
meio também prejudica o desenvolvimento da criança. Além das restrições motoras, a ausência da fala limita sua comunicação e impede
a expressão de suas vontades. Esses fatores podem reduzir o interesse da criança em interagir social e ambientalmente. Neste contexto, a Comunicação Alternativa e Aumentativa permite efetuar a comunicação face a face de indivíduos incapazes de usar a linguagem oral.

Esta forma de comunicação é um recurso de Tecnologia Assistiva, que
envolve o uso de gestos manuais, expressões faciais e corporais,
símbolos gráficos, voz digitalizada ou sintetizada, dentre outros. O estudo financiado pela FAPESC aplica o Método Indutivo de pesquisa e já rendeu um artigo, a ser publicado numa revista científica.


Na FCEE, o projeto é coordenado pela própria supervisora da entidade, Elaine Carmelita Piucco, e envolve a fonoaudióloga Mísia Braga Fahrat, bem como os fisioterapeutas Marcelo Dias e Angélica Cristiane Ovando.

“Essa pesquisa reforça a missão institucional da Fundação em Santa Catarina que, entre outras coisas, trata de fomentar, produzir e difundir o conhecimento científico e tecnológico referente à educação especial. Além disso, os recursos repassados pela FAPESC para a pesquisa permitem investirmos em tecnologia assistiva para a realização do estudo. Posteriormente, esses produtos poderão ser disponibilizados para auxílio no atendimento de outros usuários da FCEE e reproduzidos para outras instituições de educação especial do estado”, conclui Piucco, Mestre em Ciências do Movimento Humano.

Ela salienta ainda a importância da parceria entre a Fundação e as Instituições de Ensino Superior, em particular a cooperação entre pesquisadores das áreas de engenharia e tecnologia da UNIVALI e pesquisadores das áreas da saúde e educação da FCEE, que se unem na busca soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência

Saiba mais com a supervisora da FCEE, Elaine Carmelita Piucco , fone 3381 2423 e e-mail elainepiucco@yahoo.com.br. Ou com o Prof. Alejandro Rafael Garcia Ramirez ramirez@univali.br.

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