Congresso Brasileiro de Biossegurança discute análise de riscos e bioética

A sétima edição do evento, que teve seu encerramento nesta sexta-feira (23), reuniu cientistas de diversos países

 

Com o tema central Avanços da Biologia Sintética e desafios da Biossegurança, o VII Congresso Brasileiro de Biossegurança, da Associação Nacional e Biossegurança (ANBio), reuniu, entre os dias 19 e 23 deste mês, mais de 700 pessoas em Joinville. Especialistas de mais de 20 países, entre eles Estados Unidos, Canadá, Itália, Argentina, México, Peru e Cuba, e de todos os Estados brasileiros, discutiram temas que permeiam o debate mundial, relacionados aos avanços da biotecnologia, e seus mecanismos de controle. “A ANBio coloca em discussão temáticas sobre análises de riscos de processos tecnológicos, com a divulgação de controle de riscos e a importância desses avanços de forma segura para o desenvolvimento científico e tecnológico, que traz uma visibilidade positiva para o Brasil”, explica Dra. Leila Macedo Oda, presidente da Associação.

 

No evento deste ano, o destaque foi a Biologia Sintética, em todas as suas possibilidades de estudos e avanços científicos. “Desde julho de 2010, após a síntese química da primeira bactéria, os avanços da biologia sintética não param”, destaca a presidente. “Grande parte dessas pesquisas, incluindo no Brasil, está voltada para a produção de energia e dos chamados medicamentos órfãos. Mais uma vez, a ANBio propiciou, com este evento, esse debate à luz dos preceitos éticos, regulatórios e de biossegurança”, registra ela.

 

Foram cinco dias de palestras, cursos, workshops e debates sobre temas como os avanços da biologia sintética, transgênicos desenvolvidos no Brasil, segurança alimentar de OGMs, Protocolo de Cartagena, biossegurança hospitalar, bem como o papel da comunidade internacional nos desafios globais na área de biossegurança. Palestraram Paul Huntly, da Biorisk; Paul Langevin, da Merrick Canada ULC; Andrew Hessel, da Singularity University, entre outros especialistas. As Universidades Federais do Rio e Janeiro, Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, mais Univille, USP, Unesp, além de instituições como Fiocruz, Embrapa, CTNBio, e outros órgãos de pesquisa e de fomento participaram dos debates.

 

Durante o evento, também foi lançado o Bioselo, que certificará hospitais e demais instituições de saúde quanto à segurança hospitalar. O selo só será conferido pela ANBio após amplo processo de auditagem interna e externa das instituições, e será convalidado pela International Federation of Biosafety Associations (IFBA). “Queremos reduzir os índices de infecções hospitalares em pacientes ou profissionais de saúde, e preparar o país para os eventos esportivos da Copa e Olimpíadas”, destaca a presidente.

 

Dra. Leila Macedo Oda, presidente da ANBio (ao centro), e representantes da Organização Mundial de Saúde, Organização Panamericana de Saúde, Federação Internacional de Associações de Biossegurança, Federação Brasileira de Hospitais, Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina – Fapesc, CTNBio, Embrapa, Centro de Engenharia Genética e Biotecnológica da Itália, Ministério da Ciência e Tecnologia e representantes de Joinville e Santa Catarina. 

 

Conferência

 

Como parte da programação do VII Congresso e também organizada pela ANBio,  aconteceu a I Conferência Internacional para América Latina e Caribe de Biossegurança e Biosseguridade.  Andrew Hesel, da Singularity Univertsity, dos EUA, abriu os debates e discorreu sobre como antecipar riscos ambientais diante da singularidade tecnológica, no ambiente da biologia sintética. ‘Antecipando riscos e controlando o complexo sistema de Biossegurança e Biosseguridade’ foi o tema do painel coordenado por Alexandre Bello, da UERJ/ANBio, Biossegurança e Biosseguridade também foram abordados em palestras sobre regulamentação, novos desafios, disseminação de conhecimento, conscientização, responsabilidade  e compromisso dos profissionais de laboratórios,  além da abordagem sobre as perspectivas de cooperação na América Latina e Caribe no campo da Biossegurança e Biosseguridade.

 

Sobre a ANBio

 

A Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) foi criada em 1999 com o objetivo de difundir informações a respeito dos avanços da biotecnologia moderna e seus mecanismos de controle. No seu escopo de trabalho, estão a promoção do conhecimento relativo à Biossegurança e de suas práticas, como disciplina científica, além da capacitação e orientação de profissionais que implementam a Biossegurança em instituições de pesquisa e ensino da  área biomédica. ANBio na internet: www.anbio.org.br.

Fonte: Segs

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