Programas de incentivo e de fomento à inovação em empresas foi o tema da mesa redonda que abriu a programação de sexta-feira do Seminário Nacional “Inovação no setor produtivo: um diferencial para o crescimento sustentável e a competitividade e do Workshop Sul Competitivo “Ciência, Tecnologia e Inovação”. Jesiel de Marques Gomes, da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica de SC (Fapesc), e Pedro Preussler, do BRDE, explanaram sobre ações desses dois órgãos voltados ao fomento de tecnologia e inovação. Gomes salientou: “Inovação se constrói com conhecimento”, deixando explícito o papel que universidades, como centros do saber, podem assumir no desenvolvimento tecnológico de uma região. Outro participante da mesa redonda, Marcelo Ferrari Wolowski, da BZPlan – escritório especialista na prospecção de fomento a projetos – citou exemplos de empresas e regiões que conseguiram grande desenvolvimento com financiamento de investidores privados. É o chamado venture capital, ou capital empreendedor, em que investidores colocam recursos em empresas iniciantes para vender sua participação societária mais tarde, tendo assim seu capital remunerado. “Este é um modelo consolidado nos Estados Unidos e é responsável tanto pelo desenvolvimento da Google, como do Vale do Silício, a região norte-americana que concentra empresas e indústrias da área de informática.”, disse o consultor. Ele acrescentou que no Brasil já há muitos fundos de investimentos atuando dessa forma, apesar de ser ainda um paradigma a ser quebrado, num país em que é mais forte a cultura da empresa familiar.
A programação continuou à tarde com uma mesa redonda sobre Redes de Pesquisa: Experiências nacionais e pontencialidades regionais, com Diomário de Queiroz (Fapesc), DorzelI Trzeciak (Instituto Euvaldo Lodi e Pronit) e Pedro Augusto Schmidt de C. Jr (Celesc). O presidente da Fapesc, com laços familiares em Tubarão, provocou os participantes a resgatarem a tradição de desenvolvimento da região através de parcerias para a inovação no setor produtivo. Também o prefeito Milton Hobus, de Rio do Sul, falou sobre o projeto que implantou na cidade, tendo como base o empreendedorismo, a inovação e o desenvolvimento regional. Encerrando os eventos, o professor Paulo Boff sintetizou: “Ao reunir empresariado, agentes de fomento e a academia, demos um primeiro passo em busca da integração desses três setores e na construção de ações coletivas”.
Fonte: Unisul