Os estudos e ações nas áreas de ciência e tecnologia, uma das pautas da Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), podem alavancar o desenvolvimento dos quatro estados que compõem o bloco do Conselho: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A análise foi feita nesta quarta-feira (19), quando o governador André Puccinelli assumiu a presidência do Conselho e participou da exposição dos assuntos a serem discutidos pelo Conselho na apresentação dos governadores, com o diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), Marcelo Turine.
Segundo Turine, ao representar Mato Grosso do Sul este mês no Fórum do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), que reuniu dirigentes das Fundações de agências nacionais e internacionais ligadas às áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, três programas foram considerados estratégicos para fortalecer os sistemas estaduais nas áreas de ciência e tecnologia, bem como consolidar o desenvolvimento deste segmento nas regiões.
O primeiro programa consiste no uso e conservação de recursos naturais existentes na região dos biomas do Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampas. “O programa visa utilizar estes recursos para estimular e atrair novas indústrias. É a bioeconomia transformando o andamento regional”, lembrou Turine, ao ressaltar que este contexto está em consonância com o projeto do governo do Estado do Aquário do Pantanal, um importante espaço que vai incrementar o turismo, trazer desenvolvimento e notoriedade para o Estado de Mato Grosso do Sul.
O segundo programa é a proteção legal, uso sustentável e social da água subterrânea do Aquífero Guarani – a maior reserva de água do mundo – que abrange partes dos territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e principalmente Brasil e que tem cerca de 214 mil quilômetros, dos 1,2 milhão de quilômetros de área total, localizados em Mato Grosso do Sul.
Turine ressaltou que o terceiro programa se trata do uso das estações meteorológicas já existentes nos estados. “Com isso vamos conseguir integrar os dados para serem utilizados no setor produtivo, de alimentos e desgastes naturais”, comentou.
Os estados que compõem o bloco do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul já estão desenvolvendo estes três programas em suas regiões, de acordo com o diretor-presidente da Fundect. “Precisamos fortemente de articulações políticas para auxiliar a captação de recursos nos Ministérios, em especial no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com os órgãos de pesquisa como o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], Secretarias de Desenvolvimento e Tecnologia dos estados, a Sudeco [Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste], criando redes de pesquisas nos quatro estados para fortalecer ainda mais as regiões do país”, finalizou Turine.
A adesão dos estados do bloco aos três programas foi confirmada na Moção assinada na Ata da Reunião do Codesul em Campo Grande que apoia as abordagens inovadoras, integradoras, sistêmicas, colaborativas e em rede com os pesquisadores dos Estados-membros do Conselho sob a responsabilidade das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) e Fundação Araucária do Paraná.
Fonte: Folha de Campo Grande