Pesquisadores estão criando fitoterápicos a partir da biodiversidade brasileira


A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) financiou estudos para obtenção de substâncias com potencial terapêutico tendo como base plantas brasileiras, entre elas uma espécie originalmente catarinense. É o caso da Maytenus robusta, parecida com a espinheira santa (Maytenus ilicifolia, em extinção), porém com a vantagem de permitir um manejo sustentável e ser fácil de coletar por não conter espinhos em suas folhas. Esta espécie, endêmica no Estado e abundante no Morro do Baú, tem partes aéreas com princípios ativos eficazes contra úlceras e processos dolorosos.

“Já recebemos proposta de uma indústria farmacêutica para trabalhar em parceria,” diz Valdir Cechinel Filho, professor do curso de Farmácia e pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Ele coordena o Núcleo de Investigações Químico-Farmacêuticas, contemplado pela Fapesc por meio do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex).

No Seminário de Avaliação Final do Pronex, realizado no dia 15 de março de 2012, foram resumidas conclusões sobre a atividade farmacológica de outras plantas, como a amora-vermelha (Rubus rosaeflius) e a “cabeludinha” (Plinia glomerata). A última seria mais potente que aspirina e paracetamol em relação ao controle da dor e inflamação. “A expectativa é que no futuro tenhamos um novo fitoterápico disponível no mercado”, diz o Prof. Cechinel.

em 2012, a Univali passou a oferecer doutorado em Ciências Farmacêuticas, em parte por causa da melhoria nos laboratórios do Centro de Ciências da Saúde proporcionada pela Fapesc. “O Pronex ajudou na aquisição de equipamentos de ponta, essenciais para desenvolver esse trabalho (de obtenção de substâncias naturais e sintéticas advindas da biodiversidade brasileira). Sem eles não teríamos alcançado nosso objetivo”, explica o Prof. Rogério Corrêa, do mesmo Núcleo.

Seu colega, o Prof. Cechinel, acrescenta: “recebemos recursos não apenas do Pronex, mas também de outros editais como o Universal e o PMUC (Prêmio Mérito Universitário). Eles são importantes para dar continuidade a pesquisas que muitas vezes demoram 15, 20 anos para dar resultados.”

FONTE
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Heloisa Dallanhol – Jornalista
Telefone: (48) 3215-1208


Links referenciados

Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
www.fapesc.sc.gov.br

Universidade do Vale do Itajaí
www.univali.br

Univali
www.univali.br

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