“Estas instituições estão dando um exemplo para Santa Catarina”, disse o jornalista Moacir Pereira, membro da Associação Catarinense da Imprensa. O presidente da ACI, Ademir Arnon, salientou que a iniciativa vai estimular a produção jornalística neste e nos próximos anos, pois a premiação é anual e em suas próximas edições deve abranger tanto a mídia impressa quanto a eletrônica.
Em 2010, declarado Ano Internacional da Biodiversidade, serão aceitas inscrições de reportagens impressas e publicações científicas de pesquisadores, professores e alunos de pós-graduação, em 3 categorias.
Se agregam conhecimento nas áreas de sistemática, ecologia, etnobotânica, fitodiversidade, preservação e conservação in situ de plantas nativas catarinenses, entram na Categoria Roberto Miguel Klein; se abordarem a recuperação e conservação de matas ciliares, incluindo vegetação protetora de nascentes e demais espécies vegetais com ocorrência associada a recursos hídricos, adequam-se à Categoria Raulino Reitz; se falarem exclusivamente da conservação da biodiversidade urbana e do paisagismo ecológico, devem ser inscritos na Categoria Burle Marx.
“O sentido é reverenciar não só quem estuda, mas também quem as divulga”, ressalta Diomário Queiroz, presidente da Fapesc. O diretor de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente da Fundação, Zenório Piana, explicou os critérios de avaliação a serem adotados para avaliar os trabalhos submetidos por meio da Chamada Pública 002/10, disponível em 30032010cp_02_2010_premio_bio.
No caso das reportagens, o item mais valorizado é seu potencial de popularizar resultados de pesquisas sobre a biodiversidade vegetal catarinense, em particular as plantas nativas. Para artigos científicos, o que mais conta é sua contribuição para a formulação de políticas públicas de valorização da biodiversidade.
Para cada categoria haverá três prêmios, totalizando nove premiados. Os primeiros colocados de cada categoria receberão R$10 mil, além de passagens Florianópolis-Rio de Janeiro (ida e volta) para visitarem o Sítio de Roberto Burle Marx. Os trabalhos premiados integrarão uma coletânea impressa.
A avaliação dos trabalhos apresentados será feita por consultores ad hoc e coordenada por uma comissão interinstitucional vinculada ao Projeto ACORDE Plantas Nativas, do qual participam Fapesc, Secretaria de Planejamento, da Educação, da Agricultura e do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Epagri, Fatma, Udesc, Instituto Consultor Social, Polícia Ambiental e Secretarias de Desenvolvimento Regional.
Com uma sigla baseada no lema Ação Conjunta de Revitalização e
Desenvolvimento, o ACORDE já promoveu o plantio de mudas em 170 escolas públicas e prevê outras ações institucionais, como a edição (ou reedição) de livros científicos sobre plantas nativas catarinenses.