O diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) que também atua como presidente do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA), Ricardo de Gouvêa, foi um dos palestrantes do 2º Congresso internacional de inovação aberta na indústria de alimentos e bebidas, na última semana, na Unochapecó.
O evento foi organizado pela universidade, através do Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (Nitt) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Santa Catarina e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). A iniciativa teve por objetivo reunir instituições de pesquisa, da indústria e do governo para analisar a inovação no setor.
A apresentação de Gouvêa teve foco para os aspectos que levaram a excelência em sanidade animal e a evolução em pesquisas e tecnologia no segmento de aves.
Com relação à avicultura, destacou que Santa Catarina produz 2,05 milhões de toneladas de carnes de aves, o que representa 16,66% da produção brasileira que é de 12,30 milhões de toneladas. A exportação do país é de 3.891.721 mil toneladas e de SC é de 936.849 mil toneladas. A receita gira em torno de U$ 442 milhões. “O Brasil é hoje o maior exportador de frango do mundo”, realçou Gouvêa, lembrando que isso se deve ao grande avanço em pesquisas e tecnologias nos últimos anos.
O palestrante esclareceu, ainda, que não existem hormônios nos frangos produzidos no Brasil. “A alimentação destinada ao frango é balanceada e os países em que exportamos são extremamente rigorosos neste aspecto. A qualidade do produto produzido aqui está relacionada à genética e a conversão alimentar, resultado de anos de estudos e pesquisas”, reforçou.
Sobre a suinocultura, enfatizou que a produção no país é de 3.428,6 mil toneladas e de Santa Catarina é de 790,3 mil toneladas. A exportação catarinense é de mais de 170 mil toneladas e a brasileira gira em torno de 517.333 mil toneladas. A receita é de aproximadamente U$ 442,2 milhões. Os abates inspecionados em SC são de 8.155.776 cabeças.
Os setores representados pela ACAV, Sindicarne e ICASA, segundo dados apresentados pelo dirigente, geram 60 mil empregos diretos e 115 mil empregos indiretos. O segmento de abate e industrialização da carne representa 9,5% da produção industrial de SC, de acordo com o IBGE e FIESC 2012.
Durante a palestra, Gouvêa também apontou os maiores desafios do setor, realçando a importância de manter a sanidade, rastreabilidade, logística adequada, novas estratégias para produção de grãos e condições ambientais. Os principais parceiros das três entidades catarinenses nos projetos de pesquisas são instituições como a FAPESC, EMBRAPA, USP, KHOR e empresas associadas.
Fonte: Rural Centro