O Seminário Catarinense de Núcleos de Inovação Tecnológica termina hoje (16) com a definição de estratégias para as instituições participantes trabalharem em rede, interligadas por um sistema de gestão, “um software específico voltado à inovação”, nas palavras do organizador do evento, Randolfo Decker. Coordenador de projetos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
O aplicativo vai facilitar o funcionamento dos NITS, considerados como “portas de entrada” para projetos e por consequência, recursos para as instituições. Entre elas está a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que tem o maior número de patentes depositadas: 79. Mais de 100 empresas foram atendidas pelo NIT da UFSC. “Durante muito tempo a relação com empresas era feita diretamente pelo pesquisador e a instituição não tinha controle algum. Agora queremos monitorar para que essa relação se mantenha saudável”, diz Rozangela Curi Pedrosa, coordenadora desse NIT.
A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) mantém um Escritório de Direitos Autorais que trabalha em conjunto com seu NIT, mas não é só na capital que a inovação ganha força. No norte do estado, a Universidade da Região de Joinville (Univille) tem um parque tecnológico e um NIT. “O que a gente mais faz é atender empresas, e por isso precisa de recursos humanos qualificados”, afirma a coordenadora Andréa Tamanine. A Unoesc (Universidade do Oeste de Santa Catarina ) está igualmente ciente do seu potencial no que se refere a parcerias com o setor produtivo e já implantou um laboratório de pesquisa em Campos Novos, além de estar empenhada na criação de um polo de inovação que envolva instituições de ciência e tecnologia da região.
O seminário contou ainda com a participação do presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, e do titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen, o qual detalhou o plano estratégico para inovação em Santa Catarina, o SC@2022. “É fundamental integrar todos os esforços para que se atinja o objetivo do Governo, que é elevar Santa Catarina a estado máximo de inovação”, destacou o secretário.
Durante o seminário, também foram anunciados os resultados alcançados pelo Pronit, coordenado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC) e apoiado pela Fapesc e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os investimentos, junto com contrapartidas de instituições conveniadas, somam R$ 1 milhão e 870 mil.
Com objetivo de estruturar e implementar o arranjo catarinense de núcleos de inovação tecnológica, o Pronit é composto por 18 instituições de ciência e tecnologia de Santa Catarina. Esse projeto iniciou os trabalhos em maio de 2009 e encerra no final de 2011, capacitando quase 70 professores, pesquisadores e profissionais técnicos em temas como elaboração de projetos, gestão de NIT, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Fapesc, com contribuições da Assessoria de Imprensa da SDS.