Programa facilita comunicação entre crianças surdas e ouvintes

Escolas públicas catarinenses dispõem de um software educativo que torna agradável o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Chamado Libras Brincando, ele tem atraído a curiosidade inclusive de crianças ouvintes, por trazer jogos lúdicos e acessíveis até para quem tem apenas 4 anos.

 

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Mesmo as maiores, de 8 anos, demonstraram interesse nos jogos que conheceram na sala de informática da Escola Prof. Henrique Stodieck, localizada no centro de Florianópolis. Na Escola Jairo Calado, do Estreito, uma professora mostrou como os surdos conversam entre si por meio do programa, criado pela empresa Numera Soluções e Sistemas, com financiamento parcial da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

 

“O apoio da Fapesc foi fundamental para o sucesso do projeto, tanto em termos financeiros quanto na credibilidade das pesquisas”, disse Daniel Lemos Teixeira, sócio e diretor da Númera. A empresa recebeu inicialmente R$ 270 mil para desenvolver o software e R$150 mil como ajuda para introduzi-lo no mercado.


“Não há nada semelhante em lugar nenhum”, assegura Juliano Soares dos Santos, outro sócio e diretor da Numera, cujo doutorado concluído em 2012 na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) derivou da pesquisa sobre o Libras Brincando. “O programa não pretende substituir o papel do professor de Libras, mas como este profissional existe em poucos municípios, ele ajuda bastante”, pondera. “Por isso, a gente disponibilizou o programa para todas as escolas públicas do estado, tanto municipais e estaduais quanto federais”.


A Fundação Catarinense de Educação Especial participou desde o início do projeto, em 2006, até a validação do produto em termos educacionais. O Libras Brincando consiste em um produto para apoio no ensino da libras baseado em jogos que capturam a essência das melhores atividades oferecidas em escolas especializadas em Educação Especial. Tem como diferenciais a linguagem lúdica e contemporânea, capaz de atrair e reter a atenção dos alunos; ser adequado aos regionalismos brasileiros; dispensar conhecimento prévio de português e Libras; contém vocabulário amplo e variado, já que seus jogos abordam animais, família, cores, frutas e outros alimentos.


As crianças iniciam os jogos montando um avatar que as representarão, cumprem as tarefas para passar às fases seguintes e são monitoradas pelos professores, que podem ver o progresso de cada aluno ou da turma como um todo acessando a área de controle, restrita aos docentes.

 

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De modo geral, o Libras Brincando “proporciona aos professores do ensino básico trabalhar a inclusão junto aos seus alunos, bem como a quebra de alguns preconceitos”, conclui Daniel.


Para saber mais, acesse http://www.numera.com.br e www.librasbrincando.com.

 

Informações adicionais com a jornalista Heloisa Dallanhol, e-mail heloisa@fapesc.sc.gov.br, fones (48) 3665- 4812 e 8418 1180.

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