Enquanto essa ação pode ser realizada principalmente por meio dos Núcleos de Inovação Tecnológica, outros mecanismos serviriam para ajudar a fixar pesquisadores nas diversas regiões catarinenses, entre eles o apoio a cursos de pós-graduação voltados às necessidades de diferentes regiões do estado.
Essas e outras ideias foram discutidas em plenária no dia 13 de junho, em Joinville, e sistematizadas num documento referência, a ser aperfeiçoado na última etapa da conferência estadual, em Criciúma. O resultado será encaminhado ao governador Raimundo Colombo, como contribuição à Política Estadual de CTI. “Vamos enviar apenas diretrizes gerais, pois a cada detalhamento, tornamos o plano mais difícil executar”, disse o presidente Sergio Gargioni.
“A FAPESC pode ser a protagonista quanto à inovação na gestão pública. E a maior empresa do estado é a administração estadual.”
Também na terça-feira, o estande do governo estadual na Expogestão – feira realizada dentro do Complexo Carl Hans – foi palco da assinatura do convênio entre a empresa Sonda IT e o INOVAPARQ, apoiado pela FAPESC.
Caso de sucesso
O presidente da conferência nacional e vice-presidente da Anpei, Guilherme Marco de Lima, prestigiou tanto a abertura do evento estadual quanto os trabalhos iniciais do segundo dia. Na quarta-feira, ele fez uma apresentação sobre a Embraco, empresa onde atua como gestor corporativo de relações institucionais. “A Embraco investe 3% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento. Tem mais de 80 patentes pelo mundo e dessas, 17 resultaram de tecnologias desenvolvidas em parceria com a UFSC”, afirmou.
Segundo ele, menos de 1% das empresas catarinenses integram com universidades, e menos de 10% das 200 empresas associadas à Anpei são deste estado. “Os números de Santa Catarina estão abaixo da média nacional, que já é muito ruim”, salientou.
Por sua vez, o diretor de Ciência e Tecnologia do Sapiens Parque, Diomário Queiroz, disse ter percebido – pelas exposições de estrangeiros na conferência nacional – “o enorme gap (a lacuna) que existe entre nossa realidade e a de países avançados”. Ele, que foi presidente da FAPESC por duas gestões e que esteve em todas as conferências estaduais de CTI, achou bastante produtiva sua participação na quarta edição do evento. “Nesses dois dias, tive condições de me reciclar sobre novas visões e lideranças no que se refere à inovação”, concluiu.
Fonte: Assessoria de imprensa da Fapesc