A questão central defendida por todos se refere à continuidade do programa, embasada nos resultados positivos alcançados até o momento e nas perspectivas de integração e de síntese do conhecimento apresentadas pelas pesquisas. Para atingir este objetivo, foi recomendada a inserção do Sisbiota em uma política de Estado e no planejamento do orçamento das políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Entre os resultados foram apontados como destaque: o expressivo aporte sobre o conhecimento da biodiversidade brasileira, abrangendo a descoberta de espécies novas, de diferentes grupos taxonômicos; a ampliação do conhecimento sobre os padrões e processos relacionados à biodiversidade, demonstrando o impacto da ação humana; a criação de metodologias para a padronização de coletas; a identificação de potenciais recursos biotecnológicos e de usos sustentáveis da biodiversidade; ampliação do conhecimento sobre os processos e serviços relacionados ao ecossistema, aplicados na conservação da biodiversidade, segurança alimentar e saúde pública; e ampliação da capacidade de subsidiar políticas públicas nessas áreas.
O comitê ressaltou também que os projetos em desenvolvimento no Programa Sisbiota demonstram aptidão para a integração de grupos de pesquisa, ocasionando na formação de redes que geram o fortalecimento da capacidade regional e auxiliam na interação das instituições mais novas com as consolidadas, enriquecendo o intercâmbio entre esses cientistas e favorecendo a formação de novos pesquisadores.
A formação de recursos humanos alcançada pelo Sisbiota, de modo interdisciplinar, foi apoiada pela concessão de bolsas do CNPq e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Segundo o comitê avaliador, outro fator determinante para o alcance desta meta, foi à adição de bolsas conquistadas pelos projetos.
Entre as dificuldades encontradas pelos pesquisadores estão o atraso na liberação dos recursos destinado ao programa e as alterações das condições climáticas, que interferiram na programação das coletas, gerando atraso no cronograma de execução de pesquisas.
Foi destacado pela equipe gestora do Sisbiota no CNPq a parceria das redes em andamento com alguns financiamentos de outros programas de relevância nacional, entre eles o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), o Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte), a Rede de Ciência e Tecnologia para a Conservação e Uso Sustentável do Cerrado (ComCerrado), aRede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (Pró-Centro-Oeste), e o Trop Dry, do Instituto Interamericano para Pesquisa em Mudanças Globais (IAI), que permitiram abordagens inovadoras nas pesquisas do programa.
Conforme avaliação do Comitê, a relevância dessas pesquisas é importante para a conservação da biodiversidade, pois fornece subsídios científicos para a definição de áreas prioritárias. Foi recomendado ainda pelo comitê, o aprimoramento das estratégias de educação e divulgação científica dos projetos aprovados.
A reunião contou com a presença de 115 participantes, entre eles oito avaliadores do comitê, 39 coordenadores propostas, abrangendo 186 projetos, membros de equipes, e representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do Meio Ambiente (MMA), das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e participantes do CNPq.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq, com acréscimo da FAPESC