Já estão abertas as inscrições para concessão de bolsas de doutorado pleno para brasileiros na França por chamada de fluxo contínuo. A nova parceria foi firmada pelo Programa de Doutorados Cifre-Brasil, entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o Ministére de l?Enseignement Supérieur et de la Recherche (MESR) e a Association Nationale de la Recherche et de la Technologie (ANRT), associação nacional francesa que reúne a pesquisa pública e privada para a inovação.
A chamada destina-se a formar doutores no exterior, em instituições francesas de reconhecido nível de excelência em parceria com empresas na França, em áreas do conhecimento consideradas de vanguarda científico-tecnológica. Para esta ação a submissão é feita pelo fluxo regular de bolsas no exterior pelo calendário 2013 para bolsas de pós-graduação e pós doutorado. A proposta será analisada somente no calendário correspondente ao início da vigência.
Este modelo de doutorado industrial, já executado há alguns anos pela França, traz uma novidade na modalidade que alia o laboratório às empresas. No caso desta nova bolsa, o aluno de doutorado realiza o seu curso, em tema focado na inovação e que tenha direta aplicação para a empresa. Desta forma, o bolsista dividirá seu período de doutoramento entre a pesquisa em laboratório e a sua aplicabilidade na empresa.
A bolsa terá duração de até 36 meses e o candidato precisa ter nacionalidade brasileira e ter obtido seu diploma de mestrado há menos de três anos da data de submissão de sua candidatura. Além disso, é necessário possuir comprovante de idioma das Alianças Francesas ou documentação de que já morou ou estudou na França que possam comprovar a proficiência no idioma requerido.
Para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a França tem tido uma experiência muito interessante por meio desta modalidade de doutorado. ?É um modelo inovador, que nós queremos explorar. É uma experiência muito importante para o Brasil que tem, por meio do Programa Ciência sem Fronteiras, do CNPq e de todos os envolvidos, a missão de sinalizar para os nossos jovens e pesquisadores que a sua qualificação, sua formação voltada para inovação, para o empreendedorismo, e para a criação de valor e riqueza é realmente o pano de fundo e o que motiva o Brasil a investir nestas parcerias?, destaca o presidente.
Ao falar da nova parceria, o embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, afirmou estar muito orgulhoso de ser parceiro do Brasil nesse desafio de formação na pesquisa e inovação. “É uma honra poder compartilhar um instrumento que permite à França, há mais de 30 anos, desenvolver a pesquisa e inovação em suas empresas e formar mais de 3 mil pesquisadores franceses, que é o Programa Cifre”, ressalta o embaixador.
Os candidatos deverão submeter sua proposta exclusivamente ao CNPq por meio de formulário eletrônico disponível no portal do Ciência sem Fronteiras (www.cienciasemfronteiras.com). Para mais informações, acesse a chamada pública.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social – CNPq