O câncer de colo do útero poderá ser diagnosticado de forma mais barata e rápida do que é feito hoje mediante o exame tradicional se for comprovada a eficácia de um equipamento que dá o resultado na hora sobre a eventual existência desta doença em mulheres. Para viabilizar a comparação, mais de 100 pacientes da Rede Municipal de Saúde de São José serão examinados tanto pelo método de Colposcopia tradicional quanto pelo Espectrômetro de Impedância Elétrica.
O coordenador da pesquisa, Prof. Dr. Pedro Bertemes Filho, da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), explica: “estamos importando dois equipamentos usados em clínicas e hospitais da Inglaterra para avaliação, e no final poderemos desenvolver um protótipo do nosso próprio espectrômetro”. Este equipamento detectaria casos de câncer de colo do útero em tempo real e evitaria o tratamento desnecessário de lesões de média intensidade. Considerando que isso evitaria biópsias não justificadas, o espectrômetro reduziria em R$1.200,00 o custo do diagnóstico daquele mal por paciente do SUS.
Estes são os resultados preliminares de um dos 58 estudos ligados à saúde que, em 2011, receberam recursos da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). A FAPESC e a Secretaria de Estado da Saúde executam em Santa Catarina o Programa Pesquisa para o SUS, cujos estudos podem contribuir para resolver os problemas prioritários de saúde da população catarinense.