Desenvolvido com a proposta de oferecer às escolas um único equipamento, de fácil uso, que pudesse servir como projetor e computador ao mesmo tempo, garantindo assim aulas mais dinâmicas e interativas, o projetor multimídia, também denominado ProInfo, foi um dos 16 projetos selecionados pelo Prêmio ARede 2010 – Tecnologia para Inclusão Social. A cerimônia de premiação aconteceu ontem (dia 08), no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo. Em sua quarta edição, o prêmio, criado pela Momento Editorial, recebeu mais de 200 inscrições de projetos dentro de conceito tecnologias de informação e de comunicação (TICs) voltados para o resgate da cidadania e a produção de conhecimento para a inclusão social. O ProInfo foi vencedor na categoria Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e o prêmio foi entregue a José Guilherme Ribeiro, que representava o MEC, a Fundação CERTI e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Idealizado pelo Secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação (MEC), Carlos Eduardo Bielschowsky, juntamente com o diretor do DITEC, José Guilherme Ribeiro, como parte integrante do Programa Nacional de Tecnologia Educacional, denominado Proinfo Integrado, o projeto começou no ano de 2007. A Secretaria de Educação a Distância solicitou o desenvolvimento da solução à UFSC e à CERTI. As duas instituições ficaram responsáveis pela definição dos requisitos do projetor, pela produção, em pequena escala, dos equipamentos e pela condução e monitoramento de teste piloto em cerca de 300 escolas espalhadas pelo país.
A partir disso, nasceu o Projetor Interativo Multimídia. Ele é robusto – foi feito para aguentar o funcionamento contínuo nas escolas –, tem caixas de som acopladas, pesa menos de cinco quilos e é de fácil transporte, podendo ser levado pelo professor até a sala de aula. A conexão com a Internet é feita preferencialmente via rede sem fio (automática), podendo também ser utilizada rede cabeada. Conta ainda com um pequeno teclado que fica na lateral do Projetor para facilitar o uso pelo professor, duas entradas para USB e um mouse.
A equipe de desenvolvimento levou em consideração vários fatores importantes, como a distância entre o Projetor e a tela, a luminosidade das salas de aula, a interface amigável – a maioria dos PCs nas escolas está equipado com Linux, mas o Projetor permite abrir arquivos feitos em programas do Windows, da Microsoft. Para isso, a CERTI contou com a colaboração de uma equipe multidisciplinar que envolvia educadores e professores. “Tivemos a preocupação de ir além da tecnologia, apresentando um produto que fosse acessível ao público alvo do projeto”, afirma o Superintendente Comercial da CERTI, Laércio Aniceto Silva. E o Diretor do Centro de Convergência Digital da instituição, Marcelo Otte, completa: “o ProInfo se transformou em um instrumento para promoção da inclusão social e digital nas escolas e essa foi uma de suas características que resultou na premiação”.