Será inaugurado, nesta sexta-feira (10/07), às 15h, em Criciúma/SC, o Laboratório de Combustíveis Sólidos, no Parque Tecnológico da Satc (Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina). Essa será a segunda edificação do complexo tecnológico e receberá o nome do ex-senador Luiz Henrique da Silveira, falecido em maio deste ano.
O novo prédio, que fica ao lado do Centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTCL), foi construído com ajuda financeira de R$ 1,2 milhão da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) entrou com R$ 1,2 milhão e a Satc, com R$ 1,3 milhão. “Sem o auxílio da FAPESC, não teríamos alavancado o restantes dos recursos necessários para a construção do laboratório”, diz o diretor da Satc, Fernando Zancan.
Primeiro prédio do CTCL, inaugurado em 2013.
O espaço irá abrigar os Laboratórios de Análises Químicas e Ambientais (LAQUA), de Análises e Ensaios de Carvão (LAEC), e de Geotecnia (LABGEO). Os equipamentos dos laboratórios foram financiados pela Eletrobrás (R$ 1,4 milhão). O total de R$ 5,2 milhões de investimento viabilizou a implantação do laboratório, que serve de base para o controle de qualidade de carvões, monitoramento ambiental e pesquisas tecnológicas ligadas à mineração e meio ambiente.
O segundo prédio possui 2,5 mil m² e contempla um laboratório de combustíveis sólidos e uma incubadora. Para a sequência da implantação do Parque Tecnológico já estão alocados R$ 4,4 milhões, que será a terceira edificação e deverá ser iniciada em outubro de 2015. O terceiro prédio será destinado a estudos de captura, armazenamento e uso do carbono no Brasil. O total de recursos disponível até o momento é de R$ 13,5 milhões.
Laboratório homenageará Luiz Henrique da Silveira
O espaço recebe o nome de “Laboratório Luiz Henrique da Silveira”, em homenagem ao ex-senador e ex-governador catarinense que sempre se mostrou atento à indústria do carvão mineral. Em 2002, Luiz Henrique lançou a ideia de valorizar o carvão mineral catarinense, visto que entendia que o desenvolvimento tecnológico de tal indústria era vital para o seu futuro e sustentabilidade.
Em 2003, já governador, lançou, via FAPESC, o Programa de Valorização do Carvão Mineral Catarinense. Em tempo, após visitar, o National Energy Technology Laboratory(NETL) em Pittsburgh/USA, enviou ao Legislativo uma lei que aloca os recursos da Compensação Financeira da Extração Mineral (CFEM) do carvão para a FAPESC financiar estudos e capacitação para o desenvolvimento tecnológico do carvão mineral. Essa Lei tramitou em tempo recorde pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina e em 2007 passou a vigorar. Os recursos do CFEM viabilizaram a obtenção de recursos de outros agentes com a Finep e Eletrobrás.
Fonte: Satc, com adaptações.