XII Conferência Anpei mostra como inovar usando tecnologias não patenteadas

Usar tecnologia não patenteada é um caminho para acelerar o aprendizado das empresas quando se trata de inovar. Essa estratégia é o foco da apresentação de Paul Germeraad, presidente da Intellectual Assets Inc., na XII Conferência Anpei, que se realiza em Joinville, de 11 a 13 de junho. A Intellectual Assets é uma empresa de consultoria especializada em integrar negócios, pesquisa e desenvolvimento e propriedade intelectual. A FIESC apoia a realização da Anpei.


Germeraad fará sua apresentação no dia 12 de junho, das 9 horas às 10 horas, integrando o espaço da XII Conferência aberto para discussão dos assuntos relacionados os comitês temáticos Anpei. Sua apresentação está relacionada aos trabalhos do Comitê Temático de Gestão da Propriedade Intelectual, coordenado por Letícia Socal da Silva. “Germeraad é um expert mundial em propriedade intelectual e tem muito a agregar em termos de conhecimento”, destaca a coordenadora. “Ele sempre trata do assunto propriedade intelectual do ponto de vista estratégico, olhando patentes como uma estratégia de negócio, que é a nossa visão no comitê temático”, continua ela.


O título da palestra de Germeraad é “Propriedade Intelectual: Oportunidades de Negócios com Tecnologias não Patenteadas”. Para ele, o Brasil tem uma oportunidade excepcional para acelerar o processo de tornar suas empresas mais inovadoras. “Esta oportunidade é oferecida por uma lacuna existente entre o grande desenvolvimento econômico do Brasil e sua ainda discreta proteção da propriedade intelectual”, afirma.


“O Brasil tem uma base econômica sólida para absorver novos produtos e serviços. As empresas brasileiras têm a oportunidade de utilizar documentos em domínio público para aprender exatamente como implementar, em seus negócios, as mais recentes inovações do mundo”, prossegue. Segundo ele, as empresas são livres para utilizar a literatura internacional porque muitas companhias estrangeiras ainda não depositaram suas patentes no Brasil e seus produtos e processos, portanto, não estão protegidos no mercado brasileiro.


Germeraad fala a partir de sua larga experiência no setor privado: trabalhou previamente em três empresas listadas entre as 500 principais da revista Fortune. Foi diretor de P&D da Raychem, diretor do Centro Técnico de Embalagens Flexíveis da James River, e vice-presidente do Centro de Pesquisa Corporativo da Avery Dennison. Também participou de uma empresa startup, da área de software, a Aurigin Systems, onde foi chefe de operações.

“Na medida em que as empresas brasileiras explorem tecnologia de ponta para satisfazer as necessidades dos consumidores brasileiros, elas vão naturalmente fazer suas próprias melhorias na tecnologia de base, permitindo-lhes, posteriormente, comercializar os seus produtos em todo o mundo”, diz. Ele lembra que países considerados hoje avançados tecnologicamente já passaram por esse processo de aprendizado, como Estados Unidos (nos anos 1800), Japão (nos anos 1900), Coreia (nos anos 2000). “O Brasil é o próximo país que pode seguir este caminho para a prosperidade”, destaca.


O executivo conhece a fundo as experiências internacionais. Atualmente é vice-presidente da Licensing Executive Society International (LES) e membro do Conselho de Curadores da LES USA-Canada, sendo vice-presidente de Educação e instrutor de uma série de cursos de desenvolvimento profissional na entidade. Participa do programa Certified Licensing Professional Examination, designado pela LES. Também é membro e já presidiu debates e sessões do Industrial Research Institute (IRI), entidade coirmã da Anpei nos Estados Unidos.


Germeraad é bacharel em Ciências, graduado pela Universidade da California, em San Diego, com formação em Química e especialização em Biologia e Psicologia. É PhD em Química Orgânica Sintética pela mesma universidade. Também é graduado em Direito pela La Salle Extension University. Foi condecorado pelo IRI com o Prêmio Maurice Hollad.


Após a palestra de Germeraad na XII Conferência, as atividades do Comitê Temático de Gestão da Propriedade Intelectual da Anpei continuam. O empreendedor brasileiro Eduardo de Mello e Souza, hoje atuando em um dos maiores escritórios de propriedade intelectual do Brasil, o Dannemann Siemsen, falará sobre como patentes ajudaram um grupo de empreendedores brasileiros a por um pé em um mercado de US$ 3.4 bilhões.


Na apresentação do case, Souza vai contar como um grupo de cinco empreendedores brasileiros – quatro engenheiros e um cirurgião dentista – conseguiu usar patentes para atrair a atenção de grandes multinacionais do ramo protético.


Fonte: Acate

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