Gargioni eleito presidente de Conselho Nacional

 O presidente da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), Sergio Gargioni, foi escolhido hoje (08/03), por unanimidade, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Vinte e três fundações estavam representadas na eleição que aconteceu em Salvador, durante o Fórum Nacional do Confap.

 

Criado em 2007, o Conselho é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo melhor articular os interesses das agências estaduais de fomento à pesquisa. Por meio de suas associadas, o Confap executou um orçamento de R$ 2 bilhões em 2012. Estima-se que, este ano, esse valor chegue a R$ 2,5 bilhões.

 

“Se avançamos até aqui, temos ainda mais a conquistar. Até porque, com a expansão da nossa presença institucional, nossa capilaridade, representatividade, atuação política, importância estratégica e capacidade articuladora, acabamos por criar expectativas que precisaremos sustentar. Hoje, o Confap é um dos protagonistas no palco da CT&I nacional e, por isso mesmo, precisa atuar com determinação para cumprir bem o seu papel. Então, é arregaçar as mangas e mãos à obra”, afirma o presidente da instituição, Mário Neto Borges, que passará o cargo a Gargioni em Brasília, ainda neste mês.

 

Em pouco mais cinco anos, o Confap se tornou protagonista no ambiente nacional de CT&I, com assento e voz nos principais conselhos e comitês de decisão política e institucional na área. Ele participa do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia – CCT, Comitê Executivo do MCT&I, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBIO; Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC,; Programa de Apoio a Núcleos de Excelência – PRONEX,  Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE,; Comitê de Mudanças Climáticas; Conselho Nacional de Política Cultural; e Rede Pró Centro-Oeste.

 

 

Saiba mais sobre o Confap

 

Um dos fatores que conferem ao Confap a dimensão nacional e presença institucional nos diversos estados é a sua capilaridade, que garante  penetração em 26 das 27 unidades da federação, por meio das FAPs que o compõe. Apenas Roraima ainda não criou a sua FAP. 

As FAPs são parceiras locais ideais na área de CT&I, por terem maior conhecimento da cultura e linguagem institucional, política, socioeconômica e de governo de seu Estado. Elas têm melhor compreensão e capacidade de análise da realidade e das demandas locais e regionais.

 

Representatividade

 

O Confap assegura às FAPs, trânsito junto ao Governo Federal e seus Ministérios, Congresso Nacional, órgãos governamentais, entidades de classe e instituições nacionais e estrangeiras, abrindo portas, aproximando as FAPs do centro de decisões e financiamento, facilitando o diálogo em âmbito nacional. Por sua capacidade de articulação e presença institucional, o Confap agrega esforços que poderiam apresentar-se dispersos. Esta representatividade potencializa ações, políticas e recursos para os estados, via convênios cuja articulação flui através dele. Juntas, as FAPs ganham representatividade e força.

 

 

 

 

Importância estratégica

 

O papel do Confap deve ser político e estratégico, identificando prioridades e atuando sobre questões relevantes de interesse das FAPs.  Esta visão orienta as ações do Confap, proporcionando meios e ferramentas para melhorar o ambiente institucional e operacional da área. O Código da Ciência Brasileira e a luta pelos royalties do pré-sal para a ciência e educação são exemplos da missão estratégica do Confap.  Outros exemplos são o esforço pela consolidação de um sistema nacional de CT&I, o fomento às parcerias público-privadas, a internacionalização da ciência e a valorização do capital intelectual.

 

Capacidade articuladora

 

O que confere ao Confap grande agilidade e permeabilidade é a sua imensa capacidade de articulação. Em seus primeiros cinco anos o Conselho superou resistências e desconfianças institucionais, tornando-se importante parceiro das agências e entes governamentais e dos órgãos financiadores de CT&I no Brasil e também no exterior. É sensível a melhora do diálogo com as instituições governamentais, a academia, a iniciativa privada e com os organismos internacionais de fomento à pesquisa, ao ensino e à inovação. Neste quesito, os resultados muitas vezes chegam a superar as melhores expectativas.

 

Atuação política

 

O Código da Ciência Brasileira é exemplo da atuação política do Confap. Depois de conceber o Código, em conjunto com o Consecti e outras instituições, o Confap vem efetivando ação política, fazendo gestões junto à Comissão de CT&I da Câmara e às presidências das duas casas do Congresso Nacional, aos Ministérios e à iniciativa privada. Esta atuação envolve ainda a opinião pública, por meio da imprensa. Gestões visando ao retorno do investimento federal em CT&I aos patamares anteriores ao corte de 20% também dão a real dimensão da atuação política do Confap, assim como a destinação de parte dos recursos do pré-sal à pesquisa e à educação.

 

Fortalecendo as FAPs

 

Ao reunir quatro vezes ao ano as 26 FAPs em fóruns nacionais, o Confap estimula o fortalecimento das fundações. FAPs que vivem realidades diferentes entre si trocam experiências e desenvolvem trabalhos em parceria, reduzindo as diferenças, via transferência de know-how, divulgação de informações de ponta, formação de consciências ou difusão de casos emblemáticos. A atuação política, estratégica e articuladora do Confap também estimula o contato das FAPs com instituições de fomento e órgãos financiadores, além da academia, centros de pesquisa e a iniciativa privada, estimulando o repasse de verbas, convênios e associações para a realização de projetos diversos.

 

 

 

Valorizando o capital intelectual

 

O Confap defende a valorização do capital intelectual, com estímulo à formação de mestres e doutores e o reconhecimento profissional nos centros de pesquisas e nas empresas. O investimento tem aumentado, dobrando o número de titulados entre 2002 e 2010. Mas ainda é pouco. Segundo a Capes, o orçamento para a formação de recursos humanos aumentou quase 4 vezes entre 2004 e 2011, passando de R$ 385 milhões para R$ 1.440 milhões. Entretanto, o número de pesquisadores, mestres e doutores ainda é insuficiente. Convênios das FAPs com a Capes e o CNPq, chegaram a 17 em 2012 e deverão atingir um total de 23. O Confap vem intermediando outros, com instituições internacionais como INRIA, FBMG e ISTP.

 

A importância da educação de qualidade

 

O Confap, junto com a CAPES e o CNPq, vem promovendo o debate em busca de alternativas para a melhoria da educação básica, por considerar que é essencial que a educação seja revista como um todo, no Brasil. Para o Confap, investir no nível superior e em pós-graduação, é tão urgente quanto criar políticas públicas para a melhoria da educação básica. Convênios entre instituições nacionais e internacionais e as FAPs vêm sendo viabilizados no âmbito do Confap, canalizando recursos para a educação em geral e, em especial, para a capacitação de recursos humanos e didáticos, para a melhoria do ensino básico, com ênfase nos estados mais carentes.

 

Internacionalização

 

A internacionalização da ciência brasileira é o caminho mais curto para o desenvolvimento da CT&I, melhoria da qu
alidade científica e incentivo à inovação no Brasil. O Confap vem promovendo convênios com instituições internacionais para a ampliação de bolsas, enquanto pleiteia ao MEC a definição de regras, com reciprocidade, para a revalidação dos diplomas emitidos por instituições estrangeiras. Já se verifica alguns avanços no programa de bolsas, como o Ciência sem Fronteira, cuja meta é de 100 mil bolsas para pesquisadores, universitários e alunos de pós graduação. O Confap também luta para que o acesso de pesquisadores e cientistas no país seja simplificado e ágil.

 

Pensando a longo prazo

 

Pensar estrategicamente o futuro da CT&I no Brasil é pensar a longo prazo. É necessário iniciar já um trabalho de base para promover mudanças culturais que transformem a maneira como os governos, empresários e a população veem a ciência. O Confap vem se empenhando em disseminar esta visão. O novo código da ciência foi um bom começo. Mas ainda é preciso equacionar políticas adequadas de investimento e valorização, envolvendo o poder público e a iniciativa privada. O Confap também defende a criação de um sistema nacional de CT&I, que deve ser discutido no âmbito do governo federal com a participação efetiva dos estados.

 

 Fontes: Assesoria da Fapesc e do Confap

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support