A Unidade de Ensaios Químicos e Cromatográficos tem área de 200 m2 e o objetivo de realizar, adaptar e desenvolver técnicas analíticas aplicadas às atividades de pesquisa e extensão. “Uma das principais demandas a ser atendida pela unidade é análise de água, envolvendo aspectos físicos, químicos e biológicos como a determinação de coliformes”, explica o pesquisador da Epagri de Itajaí e coordenador da Unidade, Francisco Carlos Deschamps. Segundo o pesquisador a análise de pesticidas na água será ampliada com a incorporação de equipamentos de última geração, como cromatógrafos líquido (HPLC) e gasoso, e a possibilidade de uso da espectrometria de massas (GC-MS) para identificação de compostos diversos. Além disso, pela versatilidade desses equipamentos, outras atividades desenvolvidas pela Epagri, especialmente na área de pesquisa poderão se beneficiar dessa estrutura. Trabalhos como a determinação da presença de princípios ativos em plantas medicinais, a verificação do perfil dos componentes de óleos vegetais como o azeite de oliva, o acompanhamento do padrão de fermentação de bebidas ou mesmo de silagem usadas na alimentação de bovinos poderão ser desenvolvidos pela nova estrutura agora disponível.
O Complexo Laboratorial “Geraldo Caputo Coppola” conta com os Laboratórios de Fitopatologia Molecular e de Biologia Molecular. Esse complexo, cujo nome é uma homenagem ao primeiro diretor técnico da antiga Empasc, tem área de 230 m2 e foi construído com verbas obtidas por meio de três projetos que somaram mais de um milhão de reais – um deles apresentado à Embrapa, outro ao Ministério da Agricultura, através da Superintendência Estadual de Santa Catarina, e um terceiro apresentado à Fapesc.
Os laboratórios do complexo contarão com equipamentos sofisticados, em particular um Analisador Automático ABI 3130, que permitirá o rápido seqüenciamento de DNA.
Dentre as primeiras pesquisas a serem realizadas está o mapeamento dos fungos Fusarium oxysporum f. sp. cubense, causador do mal-do-Panamá, e Mycosphaerella fijiensis, causador da Sigatoka negra, dois problemas sérios da cultura da bananeira, à qual estão ligados mais de 25 mil produtores familiares catarinenses, com uma produção anual de 600 mil toneladas de banana. As pesquisas com esses patógenos, assim como ações ligadas a prevenção de ocorrência de pragas quarentenárias será coordenada pelo fitopatologista da Epagri de Itajaí, Robert Harri Hinz, com a colaboração dos pesquisadores Fernando Adami Tcacenco e Adriana Pereira.
Além da bananicultura, várias outras culturas e criações serão alvo de pesquisa na área de Biologia Molecular, destacando-se a orizicultura e a piscicultura. Já estão em planejamento pesquisas com recursos genéticos de arroz, bem como de doenças e pragas dessa cultura, em particular a brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea. Para isso, o Laboratório de Biologia Molecular contará com a colaboração dos pesquisadores Rubens Marschalek, Ester Wickert, Klaus Scheuermann e Alexander de Andrade. Na área de piscicultura, há a participação do pesquisador Henrique Boeira Appel, especialista em tilápia.
O laboratório está ainda apto a atender demandas da pesquisa nas várias áreas de atuação da Epagri, não só na Estação Experimental de Itajaí, mas em outras unidades da Epagri, abrangendo culturas e criações como gado de leite, forragicultura, maçã, pêra, alho, recursos florestais, flores, hortaliças, oliveira e outras.
“Novos investimentos e a incorporação de outros equipamentos são esperados para este ano, com recursos oriundos da Fapesc e do PAC/Embrapa”, informou Tcacenco.
Fontes: Francisco Carlos Deschamps/Epagri/Itajaí, no telefone: (47 ” 3341-5244), e-mail:
Fernando Tcacenco/Epagri/Itajaí, no telefone: (47 ” 3341-5244), e-mail: tcacenco@epagri.sc.gov.br
Mais informações: Márcia Sampaio/Epagri/Florianópolis, no telefone: (48 ” 3239-5503), celular: (48 ” 9602-0989), e-mail: marcias@epagri.sc.gov.br