Um acordo firmado nesta quinta-feira (06/06) prorrogará, por 5 anos, a parceria entre a Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) e o centro de pesquisa norte-americano cujas tecnologias estão presentes em 85% das usinas de energia dos Estados Unidos. Devido à participação do governo estadual no acordo, sua assinatura teve lugar na Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
O presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, havia visitado em 2012 o Laboratório Nacional de Tecnologias em Energia (sigla em inglês, NETL). Parte da experiência do NETL tem sido compartilhada nos últimos 6 anos com a ABCM e a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC), por meio dos profissionais do Centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTCL). O Centro foi inaugurado em abril de 2013 em Criciúma e teve apoio financeiro da Fapesc no valor aproximado de R$3,5 milhões.
Foram promovidos cinco treinamentos nos Estados Unidos e seis cursos de curta duração em Criciúma, além da apresentação de quatro artigos científicos em congressos internacionais como o International Pittsburgh Coal Conference, entre outros resultados. “Com essa colaboração avançamos mais rápido, sem precisar reinventar a roda”, disse o presidente da ABCM e diretor-executivo da SATC, Fernando Luiz Zancan. “Nós precisávamos de cérebros e novas tecnologias, especialmente agora, que há previsão de uma nova usina de geração termelétrica para o estado (a ser construída em Treviso).”
Profissionais do CTCL e da ABCM estão desenvolvendo estudos no processo de conversão. Nessa linha, duas vertentes são pesquisadas: a gasificação do carvão e a captura de CO2. Ambas as pesquisas figuram entre as especialidades do NETL, segundo o Diretor de Negócios e Parcerias, Paul King, que assinou a extensão do memorando de entendimento estabelecido em 2007 e prorrogado nesta quinta-feira. Ele enfatizou o sucesso desta cooperação internacional, citando as mais de 12 mil horas de treinamento oferecidas mediante seminários e intercâmbio de pessoal. A parceria resultou em atividades que ampliaram o conhecimento sobre o carvão mineral brasileiro sobre aspectos técnicos, ambientais e econômicos. A ampliação do memorando proporcionará a avaliação de opções para o sequestro de carbono e para gasificação de carvões, bem como desenvolvimento de tecnologias voltadas à produção de combustíveis líquidos a partir do carvão, por citar algumas ações.
Fonte: Assessoria de IMprensa da FApesc